Foi anunciado, numa coletiva de imprensa nessa manhã, a seleção oficial do Festival de Toronto 2016. Com alguns dos títulos mais aguardados do ano, o Festival de Toronto serve como um dos primeiros termômetros do Oscar. Um ponto interessante é que o melhor filme é escolhido por voto popular e, no ano passado, o vencedor foi "O Quarto de Jack" e o segundo lugar foi "Spotlight" - dois dos principais longas do Oscar 2016. Na programação, encontramos alguns filmes que estiveram em Cannes e demonstraram força, outros que já parecem fazer uma corrida sólida rumo ao Oscar e outros que também são esperados também no Festival de Veneza (que vai anunciar sua lista oficial nessa quinta-feira). Confira a lista: Filme de Abertura
"Sete Homens e um Destino" - Antoine Fuqua Exibição Especial "The Age of Shadows" (Miljeong) - Kim Jee woon "All I See Is You" - Marc Forster "American Honey" - Andrea Arnold "American Pastoral" - Ewan McGregor, "Asura: The City of Madness" - Kim Sung-soo "Barakah Meets Barakah" (Barakah yoqabil Barakah) - Mahmoud Sabbagh "Barry" - Vikram Gandhi "Birth of the Dragon" - George Nolfi "The Birth of a Nation" - Nate Parker "Bleed for This" - Ben Younger "Blue Jay" - Alex Lehmann "Brimstone" - Martin Koolhoven "BrOTHERHOOD" - Noel Clarke "Carrie Pilby" - Susan Johnson "Catfight" - Onur Tukel "City of Tiny Lights" - Pete Travis "The Commune" (Kollektivet) - Thomas Vinterberg, "Daguerrotype" (Le Secret de la chambre noire) - Kiyoshi Kurosawa "A Death in the Gunj" - Konkona Sensharma "Denial" - Mick Jackson "Elle" - Paul Verhoeven "Foreign Body" (Jassad gharib, Corps etranger) - Raja Amari "Frantz" - François Ozon "The Handmaiden" (Agassi) - Park Chan-wook "Harmonium" (Fuchi ni tatsu) - Kôji Fukada "I Am Not Madame Bovary" - Feng Xiaogang "The Journey" - Nick Hamm "King of the Dancehall" - Nick Cannon "La La Land" - Damien Chazelle "The Limehouse Golem" - Juan Carlos Medina "Manchester by the Sea" - Kenneth Lonergan "Mascots" - Christopher Guest "Maudie" - Aisling Walsh "Neruda" - Pablo Larraín "Nocturnal Animals" - Tom Ford "The Oath" - Baltasar Kormákur "Orphan" (Orpheline) - Arnaud des Pallières "Paris Can Wait" - Eleanor Coppola "Paterson" - Jim Jarmusch "The Salesman" (Forushande) - Asghar Farhadi "Salt and Fire" - Werner Herzog "Sing" - Garth Jennings "Souvenir" - Bavo Defurne "Things to Come" (L’Avenir) - Mia Hansen-Løve "Toni Erdmann" - Maren Ade "Trespass Against Us" - Adam Smith "Una" - Benedict Andrews "Unless" - Alan Gilsenan "The Wasted Times" (Luo Man Di Ke Xiao Wang Shi) - Cheng Er
0 Comentários
E chegamos ao fim! O último dia do Festival de Toronto 2015 revelou os vencedores que mais foram aplaudidos durante os 10 dias de puro cinema.
"Room" ganhou o principal prêmio do festival, o People’s Choice Award - Melhor Filme, que é dado ao longa-metragem com as classificações mais elevadas por meio de votações populares. Ou seja, os espectadores são extremamente importantes para a existência do TIFF. O longa dirigido por Lenny Abrahamson teve uma ótima recepção em sua estreia e tem mantido uma sequência impecável de excelentes críticas, e confirmou que estará lutando pelo Oscar 2016 de Melhor Filme - um crescente boato que se mantém. Além disso, as previsões de que a protagonista Brie Larson vá conseguir ser nomeada a Melhor Atriz têm ficado mais sólidas. Essa vitória significa muito para a produção, pois ano passado o vencedor desse mesmo prêmio foi "O Jogo da Imitação", que foi indicado a Melhor Filme do Oscar 2015. No ano de 2013, 12 Anos de Escravidão" também levou o principal prêmio do TIFF e também venceu o Oscar 2014 de Melhor Filme. Nas 35 vezes em que foi dado o prêmio People’s Choice Award, ocorreu de 13 premiados também serem indicados ao Oscar de Melhor Filme, e cinco serem igualmente vitoriosos em Toronto e na principal categoria do Oscar: Carruagens de Fogo (1981); Beleza Americana (1999); Quem Quer Ser um Milionário? (2008), O Discurso do Rei (2010) e 12 Anos de Escravidão (2013). Além disso, no ano passado, de todas a exibições feitas em Toronto, houve mais dois longas que passaram por TIFF e conseguiram ser nomeados a Melhor Filme - e tiveram uma ótima corrida até estatuetas: "Whiplash: Em Busca da Perfeição" e "A Teoria de Tudo". Outro dado interessante é que das performances vindas dos filmes exibidos em Toronto, 10 foram nomeadas em Melhor Ator, Atriz, Ator Coad. e Atriz Coad. ou seja, metade dos indicados em atuações saíram primeiro no Festival. “Room" acompanha Jack, uma criança de 5 anos que é cuidada pela mãe, Ma. Eles mantém uma relação aparentemente saudável, onde Ma, a nutre com carinho, cuidado, brincadeiras e histórias, mas, como nem tudo são flores, essa vida aparentemente calma é na verdade atípica. Ambos vivem presos em um cubículo sem janelas, lugar que Ma, chama de“Quarto” (Room). A amorosa mãe tenta acima de tudo manter a infância de Jack o mais “comum” possível, protegendo-o de sua realidade assustadora, porém, conforme o tempo passa, a criança começa a questionar esse diferente mundo em que vivem, encorajando uma fuga para o desconhecido: o mundo real. O elenco de apoio é formado por Jacob Tremblay, William H. Macy e Joan Allen. O longa estreia em 16 de outubro nos EUA (ainda sem data para cá) e deve ser um competidor que pode surpreender no Oscar 2016, nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor para Lenny, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Atriz para Brie, Melhor Atriz Coadjuvante para Allen, e surge com boas possibilidade para Ator Coadjuvante de Jacob Tremblay - e William H. Macy Confira todos os vencedores do Festival de Toronto 2015, abaixo: MELHOR FILME (PEOPLE'S CHOICE AWARD) "Room" de Lenny Abrahamson MELHOR DOCUMENTÁRIO (PEOPLE'S CHOICE AWARD) Evgeny Afineevsky por "Winter on Fire: Ukraines's Fight For Freedom" Cercado de polêmicas judiciais e críticas negativas, o diretor Matthew Cullen fez sua estreia no mundo dos longas-metragens e no TIFF com o filme “London Fields”. Cullen, que já foi premiado pelos clipes das bandas Black Eyed Peas e Weezer, não agradou aos especialistas no Festival de Toronto por uma produção completamente indecisa.
“London Fields” é uma adaptação da obra literária de Martin Amis sobre um autor que encontra em Nicola, uma femme fatale, a inspiração para seu último livro. Nicola é uma jovem londrina cuja morte já foi prevista de acontecer por um assassino sem rosto, sua descoberta é analisada ao longo do romance. A história criada por Martin Amis é cheia de pormenores e mistérios, os quais, segundo a crítica, levam o leitor a refletir sobre seus possíveis desfechos. Mas o que representa um mérito para o livro, se torna uma ruína nas telas quando feito ao pé da letra, como complementa o site The Guardian: “Romanesco, rico e muito bobo, London Fields – como a tomada de Ben Wheatley em High Rise - é uma adaptação há muito esperada de um livro popular e melancolicamente profético, que parece desnecessário. O cronograma o derrubou e o tom escorregadio do romance é intimidado por Cullen em um filme que se instala em montagens: de testes nucleares, cavaleiros da Guerra das Rosas e transmissões esportivas trash”. “London Fields” ressaltou problemas tanto na adaptação, quanto na direção confusa e na atuação vazia de um elenco que prometia render para a bilheteria, como escreve o THR: “Assim, de forma abrangente é que o filme não consegue representar as maravilhas literárias labirínticas do livro de Amis, que dificilmente parece valer a pena detalhar suas deficiências. O que deve ser observado, no entanto, são dois deméritos pertinentes e alheios a fidelidade romanesca. A primeira questão é que o filme é fisicamente feio, começando com os efeitos especiais medíocres destinadas a juntar-se com footage para evocar um mundo em avançado estado de deterioração e aliando-se ao design de produção sujo que faz com que até mesmo as configurações chiques pareçam pouco convidativas. A segunda verdade é que os artistas mal servem uns aos outros”. Dando vida aos personagens estão os atores Jim Sturgess, Theo James, Billy Bob Thornton e Amber Heard, além da participação especial de Johnny Depp. A luta LGBTQ tem ganhado espaço nas telas de cinema. O ano de 2015 trouxe diversos longas retratando a luta da identidade de gênero junto a sua discriminação e sofrimento desde muito cedo, expondo que não é de agora que a homofobia ganhou espaço na sociedade. Alguns exemplos foram “Meu nome é Ray,” e o mais recentemente exposto “Freeheld,” que estiveram em Toronto e infelizmente não agradaram tanto os críticos. Agora é a vez de “Stonewall” ser exibido e mostrar a força das lutas de 1969 que os homossexuais tiveram de travar.
A direção de Roland Emmerich trouxe à tona a história das lutas de Stonewall, que ocorreram em 1969 e geraram conflitos violentos entre gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros contra a polícia de Nova Iorque, em prol de direitos para a comunidade LGBTQ. O roteiro gira em torno de Danny Winters (Jeremy Irvine), um jovem que sai da zona rural, onde vivia com sua família que não aceitou sua sexualidade, e passa a viver em Nova Iorque, onde encontra nos jovens que conhece pelas ruas uma nova família e em Stonewall um novo lar. Com o passar do tempo, Danny descobre que Stonewall não é um lugar tão seguro, e que Nova Iorque, apesar de ter um ar libertador, possui muita intolerância e violência, que ele encontra em sua comunidade com gays, lésbicas, trans, e drag queens, que sofrem com bandidos e até mesmo a polícia. Mas há uma chama em seus corações pronta para eclodir e mudar a história para sempre.
Líbano, Marrocos e México divulgaram os seus filmes-representantes que irão concorrer ao Oscar 2016 de Melhor Filme Estrangeiro.
Todos os países ao redor do mundo podem enviar um filme para ser considerado pela Academia, que em meados de dezembro revela o shortlist das produções que continuam na corrida. Os indicados finais são revelados no dia 14 de janeiro de 2016. Confira, abaixo: Líbano
Os diretores Ryan Fleck e Anna Boden estrearam nesta semana no Festival de Toronto com o road movie “Mississippi Grind” e uma surpresa: a atuação de Ryan Reynolds.
Apesar de ser um filme que tem tudo para ser de fácil acesso nos cinemas, ou seja, não tem viés alternativo, “Mississippi Grind” foi uma das sessões que mais impressionou os críticos do TIFF por sua naturalidade ao conduzir uma história que se passa boa parte durante uma viagem e lidando essencialmente com a relação entre os dois personagens principais, como comenta o site Toronto Film Scene: “Os diretores Ryan Fleck e Anna Boden fazem um grande trabalho deixando os atores entrarem com tudo nas cenas. O filme se desenrola de uma forma sem pressa, enquanto os dois se conhecem. Em última análise, este é um filme de relacionamento elevado por Mendelsohn e Reynolds”. Inspirado no clássico de 1974 “Jogando Com a Sorte”, dirigido por Robert Altman, “Mississippi Grind” é sobre Gerry (Ben Mendelsohn), um viciado em jogo com uma dívida financeira enorme que encontra em Curtis (Ryan Reynolds) um amuleto da sorte para conseguir sua grande vitória nos cassinos. Depois que se reúnem, os dois saem em uma viagem para o sul dos Estados Unidos em busca do dinheiro perdido. Além das incríveis paisagens como cenário, os diretores Ryan Fleck e Anna Boden optaram por trazer um clima setentista ao tom da produção, o qual vem para harmonizar com a trama do longa, segundo a análise do site We Got This Covered: “O ambiente é reflexo dessas cidades do sul e cidades por onde passam. Contido no título do filme em si, bem como algumas pistas visuais são alusões ao filme de Robert Altman, “Jogando Com a Sorte”, que parece (ou assim que eu vi) servir como uma fonte de clara inspiração para Mississippi Grind. A qualidade estética de pontos de Grind contribuem a isso também - suas progressões de ritmo lento e sua aparência, gerada a partir de filmagens em película, dá-lhe uma vibração de 1970 distinta.” Para o Ion Cinema não foi só no visual que “Mississippi Grind” se assemelha do longa de Altman: “Se você estiver familiarizado com os filmes de Altman e trajetórias bastante ambíguas, então venha preparado para o estilo e o tom de Mississippi Grind, que usa verdadeiramente o mantra de Curtis (Ryan Reynolds), "A viagem é o destino", representando tom e trunfo do personagem na essência da narrativa.” Para completar a diversidade de gêneros cinematográficos exibidos em Toronto, o festival deu espaço, na última Quinta-feira, 16, para um faroeste. “Forsaken” colocou Kiefer e Donald Sutherland para dividir a tela, duas gerações de atuação. Pai e filho ainda contam com Demi Moore, Brian Cox e Michael Wincott no elenco.
O longa dirigido por Jon Cassar e escrito por Brad Mirman conta a história de um veterano da Guerra Civil, conhecido por sua habilidade com armas, que após anos vagando e fazendo seu nome sobre suas façanhas, decide voltar para sua cidade natal. John Henry Clayton (Kiefer Sutherland), habituado a anos de violência, é obrigado a baixar suas armas. Seu pai, o reverendo Willian Clayton (Donald Sutherland), rapidamente condena o passado do filho. Enquanto pai e filho enfrentam essa questão, acontecem invasões de propriedades locais, por uma gangue assassina, que são testemunhadas por ambos – isso inclui a propriedade de um antigo amor perdido de John Henry, Mary Alice (Demi Moore) – a partir desse momento, ele enfrenta um dilema entre manter-se fora dessa história, ou usar de seu talento para acabar com os vilões – liderados por um poderoso senhorio McCurdy (Brian Cox) – que corrompem a cidade. As críticas vêm com comparações fortes a clássicos do Faroeste bem sucedidos e bons elogios ao elenco e desenvolvimento do roteiro diante do pouco tempo de duração do filme. O TIFF elogiou a abordagem de valores do filme e também sua dosagem de ação e suspense “Relembrando grandes clássicos do gênero como “Os Imperdoáveis,” “Forsaken” apresenta questões morais complexas enquanto escala em suspense e ação. John Henry alterna entre ternura e habilidades de sangue frio, enquanto o Reverendo Clayton passa a perceber que seu código moral não oferece salvação, necessariamente. “Forsaken” oferece uma ação emocionante e incríveis vistas pastorais, mas sua ideia central é a história universal e árdua de reconciliação familiar – trazida a vida por pai e filho na vida real, que são simplesmente dois dos melhores talentos vivos das telas.” Variety também trouxe elogios ao longa e seus atores “O vencedor do Emmy e diretor de TV Jon Cassar mantém as rédeas disciplinadas nos procedimentos aqui, para que seu filme de 90 minutos não pareça apressado ou passado do tempo, enquanto encontra tempo para explicar fatos anteriores e desenvolver os personagens antes que chegue a hora do inevitável fim. [...] Ambos os Sutherlands parecem perfeitos em seus papéis; as falas do personagem de Kiefer enfatizam sua insensibilidade, enquanto a harmonia de barba e cabelo brancos de Donald sugerem um exigente pai no estilo antigo testamento. E enquanto, parece não ser uma boa ideia demonstrar qualquer parte de seu relacionamento real, ambos parecem tão vivos em uma cena do terceiro ato, que é de reconciliação, onde o expectador deve se perder na hora de dizer onde seus sentimentos pelos personagens terminam e começam pelos homens interpretando-os. Os papéis de coadjuvantes também são bem escalados, com Cox e Moore que merecem crédito por adicionar uma aparência de profundidade a estereótipos de faroeste. Mas quem rouba a cena verdadeiramente aqui é Wincott, interpretando o mais elegantemente grandiloquente pistoleiro.” Festival de Toronto 2015: "Ma ma" é feito especialmente para Penélope Cruz ser o centro de tudo17/9/2015 É inegável a força do cinema de Julio Medem. Diretor dos filmes “Um Quarto em Roma” e “Lúcia e o Sexo”, seus trabalhos sempre se tornam um sucesso de crítica e, mesmo que não atinjam um grande público, são reverenciados pela plateia fiel que sempre acompanha os seus longas.
Imagine então se juntar um dos mais expressivos diretores espanhóis da atualidade, com Penélope Cruz, a atriz mais importante do cinema espanhol atual. É essa a expectativa que acompanha “Ma ma”, que estreou no festival de Toronto. Penélope é produtora e protagonista do filme, que fala sobre Magda, uma mulher que descobre ter câncer de mama, ao mesmo tempo em que constata estar grávida. Ela vai passar por tempos realmente difíceis, aonde as alegrias que seu filho trás, é a maior força que ela tem para seguir. Penélope Cruz já foi três vezes indicadas ao Oscar, a primeira vez ao prêmio de melhor atriz por “Volver”, e as outras como melhor atriz coadjuvante por “Vicky Cristina Barcelona” e “Nine”, vencendo pelo primeiro. Desde 2009 a atriz não recebe indicações para prêmio algum, e as expectativas para que isso mude com “Ma ma”, são enormes. Confira as críticas da estreia: Dennis Harvey, do Variety, elogia o longa, mas questiona se esse não é um projeto feito apenas para engrandecer a atriz: “Penélope Cruz é a fonte de todas as virtudes femininas em "Ma Ma", um daqueles projetos centrados no ator que consagram a visão ideal de uma estrela, sem necessariamente tocar no que é interessante ou surpreendente sobre eles como atores”. “Recentemente demitido de seu emprego de professora, Magda, aparentemente, não tem amigos ou outra família. Outras mulheres, de fato, parecem ser impedidas de orbitar em torno de seu sol, além de uma enfermeira ou duas, que tem uma breve permissão para parecerem simpáticas. Apesar de ser sobre uma pessoa que, abnegadamente, dá tudo de si a todos os outros, "Ma ma" (cobrado antecipadamente como "um filme de Penelope Cruz e Julio Medem”) dificilmente poderia ser um projeto de vaidade mais flagrante.” Toronto parece ter tomado gosto por apresentar longas com elencos de peso, atores que marcaram época ou que a pouco estiveram em premiações importantes. “Five Nights in Maine” é um exemplo, trazendo ao cinema David Oyelowo (que esteve nos premiados "Interestelar" e "Selma") e Dianne Wiest (vencedora de dois Oscars como melhor atriz coadjuvante, um por "Tiros na Broadway" e outro para "Hannah e suas Irmãs"). Um drama da diretora e escritora Maris Curran, que une ambos personagens tão distintos com uma única coisa em comum: uma perda devastante.
A última mensagem de voz que Sherwin Owens (Oyelowo) recebeu de sua amada esposa, Fiona (Hani Furstenberg), foi antes de sua morte em um acidente de carro, onde ela o implorou: “conheça-a, antes que seja tarde demais.” O “ela” em questão é a mãe de Fiona, Lucinda (Wiest), a quem Fiona havia visitado a pouco após muitos anos de estranhamento. Com o passar de vários dias atenuando seu luto com álcool, Sherwin faz a longa viagem até a casa de Lucinda, na área rural de Maine. Lucinda vive por sua reputação de teimosia, bullying e crueldade, mas está morrendo de câncer. Enquanto os investimentos de Sherwin para construir uma relação entre ambos parecem em vão, graças a diferenças de idade e raciais, segue-se uma competição sobre quem carrega a dor maior. O longa deve chamar atenção, principalmente pela presença de Oyelowo, uma estrela em ascensão que foi indicado ao Globo de Ouro por seu trabalho em "Selma". Apesar disso, as críticas mostraram que seu roteiro triste e duro pode não cair no gosto do público. O TIFF comentou sobre as atuações “Oyelowo, tão magnífico como Martin Luther King em Selma, ancora “Five Nights in Maine” com uma performance profundamente compreensiva. E Wiest prende a atenção em cada cena que participa, com um gás imperioso e firme que não nega sua necessidade por amor. Essas performances encantadoras tem espaço o suficiente para respirar na silenciosa, e amorosa atmosfera fomentada pela escritora-diretora Maris Curran.” Chegando como um dos favoritos de Berlim, o drama “45 Anos”, dirigido por Andrew Haigh, estreia no Festival de Toronto e já lança uma forte candidata na corrida pelo prêmio de Melhor Atriz no Oscar 2016.
“45 Anos” é sobre um casal prestes a comemorar 45 anos de casamento que tem sua relação abalada após o recebimento de uma carta informando que o corpo de uma antiga paixão, morta em um trágico acidente, foi encontrado, desencadeando uma série de reviravoltas em toda a história vivida por eles. O resultado desta trama cheia de sentimentos é um filme sensível, daqueles com muitas mensagens implícitas em uma só expressão, como ressalta o Toronto Film Scene: “É cativante e cheio de nuances, com os atores veteranos Charlotte Rampling e Tom Courtenay com performances extremamente poderosas e de conteúdo. O diretor Andrew Haigh usa seus atores para o seu pleno potencial; ele constantemente amplia e permanece em seus belos rostos, envelhecidos, que expressam mais do que palavras jamais poderiam”. Contado a partir da perspectiva da personagem de Charlotte Rampling, “45 Anos” expressa dúvidas e inconformismos de uma personagem que teve boa parte de sua vida sendo uma possível mentira. Seu trabalho foi tão bem executado que ela rouba a cena de seu companheiro de longa e até do próprio diretor, veja no trecho da análise da Vanity Fair: “... 45 Anos tem um olhar perspicaz, sutil de, como mesmo um relacionamento de anos, tem uma raiz de algo irreconhecível, um parceiro incapaz de adivinhar exatamente o que o outro está pensando quando grande parte da sua vida tornou-se abreviada. Rampling, possuidora de um dos grandes rostos do cinema, comunica esse medo e perplexidade lindamente, ilustrando Kate com mudanças pequenas, mas não menos reveladoras, de expressão e tom”. Festival de Toronto 2015: “Colonia” é uma calamidade no currículo de Emma Watson e Daniel Brühl!16/9/2015 Emma Watson dispensa apresentações. A atriz virou símbolo de uma geração, ao ser nomeada como embaixadora da ONU Mulheres e liderar um movimento de solidariedade pela igualdade de gênero. Além de, claro, ser Hermione Granger na série Harry Potter e carregar em seu currículo apenas papéis elogiados e com grandes diretores.
Por isso, seu novo longa “Colonia”, era um dos filmes mais aguardados do Festival de Toronto. Dirigido por Florian Gallenberger, e protagonizado por Emma e por Daniel Brühl (sempre muito elogiado em seus trabalhos) o filme é baseado em uma história real e se passa no Chile, em 1973. O ditador Augusto Pinochet assume o poder do país e as massas estão nas ruas protestando, entre eles o casal Lena e Daniel. Quando o rapaz é levado pela polícia secreta de Pinochet, Lena procura por ele e descobre que seu amado está em um lugar chamado Colonia Dignidad, uma suposta missão de caridade dirigida por um pregador (Michael Nyqvist), só que na verdade é uma prisão de onde ninguém nunca escapou. A fim de encontrar Daniel, a moça decide se juntar ao culto religioso da Colonia. Com uma proposta interessante, o longa poderia dar grandes prêmios tanto para Emma, quanto para Daniel. Confira as criticas: Jordan Mintzer, do THR, criticou o roteiro fraco: “Estrelado por Emma Watson e Daniel Bruhl, o filme não oferece nenhum tipo de trabalho que os atores realmente merecem - e dá para Bruhl uma de suas tarefas mais embaraçosas, quando seu personagem tenta enganar seus captores chilenos fingindo ter problemas mentais, resultando em um desempenho que vem muito perto daquela paródia de Ben Stiller, em “Trovão Tropical”. Jordan continua pegando pesado: “Ninguém está pedindo para qualquer filme ser cem por cento crível, mas os cineastas realmente deixam tudo mais difícil quando usam o Inglês como língua principal em um lugar onde todos falam espanhol ou alemão (há, obviamente, razões de Mercado / orçamentais para isso, mas ainda assim) e destruindo toda a tensão narrativa através da escrita preguiçosa que transforma uma parte angustiante de história chilena, em um filme do Chuck Norris. Ambos Watson e Bruhl, fazem o que podem com o que está em oferta, embora suas performances são dificultadas pelo diálogo raso. Quando uma jovem freira é questionada sobre a Colonia, ela responde que "não há nada para entender." Sério? Talvez seja um problema de linguagem, afinal de contas, mas se alguma coisa deve realmente ser dito em espanhol aqui, provavelmente seria: ay, caramba!” Com mais pontos negativos do que positivos, Jonás Cuarón estreia nada bem para os críticos do Festival de Toronto. O filme lançado nesta semana pelo filho do diretor Alfonso Cuarón é “Desierto”, um thriller sobre a imigração mexicana.
Em “Desierto” acompanhamos Moises, interpretado por Gael García Bernal, um homem que se perdeu da família e tenta na perigosa travessia para os Estados Unidos encontrá-la, mas durante o percurso seu transporte quebra e ao lado de outros imigrantes deverá chegar a pé à terra dos livres. Segundo os conteúdos publicados pela mídia internacional, “Desierto” tenta ser uma espécie de “Gravidade" ao ressaltar a dimensão assustadora dos desertos norte-americanos, como cita Cameron Bailey para o TIFF: “Cuarón e o diretor de fotografia Damián García (Gueros) fazem do deserto seu playground, enfatizando tanto a sua vastidão e minúcias enquanto revelam as muitas armas improvisadas e esconderijos que a paisagem tem para oferecer”. Festival de Toronto 2015: "The Dressmaker" não agrada os críticos, mas Kate Winslet se salva!15/9/2015 Agora é a vez de Kate Winslet aparecer pelo festival de Toronto, com o seu novo filme “The Dressmaker”. O longa australiano é dirigido por Jocelyn Moorhouse e é uma grande chance de fazer Kate voltar aos holofotes das premiações – o que não acontece desde 2008, quando venceu todos os prêmios que tinha direito, pelo filme “O Leitor” e de quebra alguns por "Foi Apenas Um Sonho".
“The Dressmaker” fala sobre uma mulher que volta depois de muitos anos para a sua cidade natal, numa parte mais rural da Austrália. Mal vista pelos vizinhos, que a culpam por um crime do passado, ela surge disposta a se vingar, cheia de glamour e atitudes vanguardistas. Suas roupas coloridas de alta costura contrastam com o cenário desértico e, enquanto trabalha para calar os detratores, ela tem os sentimentos abalados por um jovem local. O filme ainda conta com Liam Hemsworth, Hugo Weaving, Judy Davis e Sarah Snook. E as expectativas para o Oscar além de Kate em atuação, são para roteiro adaptado, direção de arte e figurino. Confira as críticas: Justin Chang, do Variety, elogia Winslet e o figurino: “Winslet, uma atriz difícil de encontrar alguma coisa contra para dizer em qualquer circunstância, nós tem na palma da mão a partir do momento ela entra quadro, parecendo um anjo vingador escuro banhado em sombras noir. Sua presença é muito necessária, e até mesmo uma medida de peso moral, para a virada que aguarda no final do filme. Dado o título, não é nenhuma surpresa que o trabalho dos figurinistas Marion Boyce e Margot Wilson aparecem positivamente na tela, com vestidos impressionantes, um contraste vibrante e corajoso comparado as cores monótonas e modas antiquadas até então mostrados pelas mulheres da Dungatar”. Jason Bateman, trouxe para as telas do festival de Toronto, mais um drama familiar, adaptado do livro de Kevin Wilson, estrelado e dirigido por ele próprio, contando ainda no elenco com Nicole Kidman, Cristopher Walken e Marin Ireland. “The Family Fang” mostra como a linha entre a vida real e arte pode ficar embaçada.
O longa conta de maneira engraçada e com um estudo ressonante do que significa crescer em uma família onde tudo é uma performance. Annie (Nicole Kidman) e Baxter (Bateman) passaram a maior parte de sua vida adulta tentando chegar o mais longe possível de seus pais, Caleb (Christopher Walken) e Camille Fang (Maryann Plunkett). Os já idosos Fang, conseguiram sucesso e controvérsia por seu provocativo trabalho corporal, o qual, pelos últimos 45 anos, envolveu tudo desde falsos roubos a bancos até incidentes de perseguição a crianças artistas de rua. Quando o Jornalista Baxter tem um ferimento na cabeça em um acidente em um potato-cannon, ele acaba involuntariamente aos cuidados de seus pais. Annie vai em sua salvação – e também para confrontar o Senhor e a Senhora Fang de uma vez por todas por toda loucura de sua vocação – mas os irmãos são jogados em uma reviravolta quando Caleb e Camille repentinamente somem, e sua falta é suspeita. Seu desaparecimento é genuíno e motivo de alarde ou apenas outra pegadinha oportunista? Apesar de algumas críticas controversas, “The Family Fang” pareceu agradar sempre em algum ponto, e trazer uma história familiar irreverente, com drama, equilibrado pela comédia, e também um trabalho de edição e sincronia bastante complicado, que provavelmente dividirá opiniões. O TIFF elogiou a adaptação do best seller de Kevin Wilson “Galvanizado por complexas, carismáticas performances, o filme usa uma dinâmica familiar extraordinária como meio de soar como problemas de famílias comuns por todo canto.” A história de uma escritora tentando produzir algo novo que decide parar de lutar contra as dificuldades de conseguir uma nova história, e escrever algo vindo do coração. Essa não é a sinopse do filme, mas foi basicamente como a escritora e diretora Lorene Scafaria surgiu com a ideia de “The Meddler.” Se inspirando em sua própria mãe e suas atitudes protetoras, mas muitas vezes invasivas de forma cômica, Scafaria trouxe as telas um filmes com Susan Sarandon (cinco vezes indicada ao Oscar, vencedora por Os Últimos Passos de um Homem), J.K. Simons (vencedor do Oscar de melhor ator coadjuvante em 2015 por Whiplash), Rose Byrne (premiada por sua atuação em Damages), Lucy Punch (Caminhos da Floresta) e Jason Ritter. Estreando em Toronto, já temos suas primeiras impressões.
Marnie Minervini (Susan Sarandon), é uma mãe viúva, que decide se mudar para Los Angeles e ficar perto de sua filha, Lori (Rose Byrne). A trama ganha seu tom cômico quando Marnie passa a expor seu jeito invasivo, que na verdade, apenas visa o bem da filha, porém, suas ações vão desde deixar mensagens de voz intermináveis a sua filha de 30 anos, até checar o histórico de internet, ou contar ao ex de sua filha que ela ainda o ama. Mas tudo isso acontece com a melhor das intenções. Quando Lori, que é escritora, viaja para Nova Iorque, ela decide que as duas precisam estabelecer limites. A partir desse momento, Marnie passa a usar suas habilidades para ajudar de maneira altruísta outras pessoas: ela ajuda um jovem funcionário de uma loja Apple a estudar para uma prova, enche o quarto de hospital de uma senhora de presentes, e planeja o casamento para uma das amigas lésbicas de Lori. Ela também inicia um romance com o doce policial aposentado (J.K. Simons). As críticas se mantiveram positivas até certo ponto, mas aparentemente não houve grandes surpresas positivas com o longa, ainda assim, pode-se notar elogios para as mais diversas partes que compõe o filme, o que não deixa de ser um grande passo para sua estreia mundial. A aclamada diretora da adaptação de “Palácio das Ilusões” (obra de Jane Austen), Patricia Rozema, se re-estreou no mundo dos festivais de cinema com sua nova produção, “Into the Forest”. Depois de um tempo longe dos longas-metragens, Rozema volta ao TIFF, com o filme reconhecido pela originalidade de seu script e reforçando o Girl Power.
“Into the Forest” é adaptado do livro de Jean Hegland e estrelado pelas atrizes Ellen Page e Evan Rachel Wood, as quais interpretam duas irmãs tentando sobreviver durante um ano a um blecaute-apocalíptico que abalou o continente americano, basicamente trancadas em casa e criando coragem para desafiar o que restou da cidade. Diferente dos filmes com propostas de horror e devastação, “Into the Forest” foca na relação das duas irmãs de um ponto de vista mais psicológico e em suas evoluções pessoais, já que como dependentes da tecnologia devem se readaptar a uma vida sem internet, energia elétrica, etc. Para os críticos de Toronto, as atuações de Page e Wood conseguem com sucesso passar a ideia necessária da proximidade e ao mesmo tempo indiferença entre as duas irmãs, isso combinado à fotografia de Daniel Grant contribui para a atmosfera tensa de suspense, como comenta Magali Simard para o TIFF: “Com a fotografia de Daniel Grant tornando a paisagem ao mesmo tempo sublime e ameaçadora, Into the Forest oferece uma tomada fresca e potente sobre o thriller apocalíptico, expondo as vulnerabilidades do nosso mundo moderno e trazendo uma abordagem humanista da sua visão assustadora de um todo-demasiado-plausível futuro.” Lance Armstrong é um dos maiores atletas de todos os tempos. Sem dúvidas que ninguém rebateria esta sentença a três anos atrás. Afinal, ele se tornou mundialmente famoso por ganhar o Tour de France, principal campeonato de ciclismo do mundo, por sete vezes consecutivas. Recorde absoluto. O que ninguém sabia era que aquele exemplo de esportista guardava o pior dos segredos: o doping. Quando descoberto em 2012 que ele usava a dopagem bioquímica durante a principal fase de sua carreira, Lance perdeu todos os seus prêmios de 1999 para cá, foi banido do esporte e enfrentou a maior das vergonhas. Esta figura controversa é o tema de "The Program", filme de Stephen Frears que foi exibido em Toronto.
O longa não tem o objetivo de ser uma cinebiografia de Armstrong, apesar de mostrar o seu início e ascensão no esporte. Segundo o próprio diretor, a história tem um tom criminal, trata-se de um filme policial, sobre um homem que chegou no topo do sucesso que poderia obter profissionalmente e jogou tudo fora. E ele vai bem em manter este clima, afinal a câmera impaciente, o trabalho do zoom e os ângulos agressivos revelam um jovem atleta impetuoso. Ben Foster desempenha Armstrong, o que é um caso raro do ator ser menos atraente do que o tema, afinal o ator não é conhecido do grande público, tendo trabalhos de destaque somente na televisão. Entretanto, ele desempenha de forma brilhante. Primeiro por se submeter a mesma prática do atleta. Sim, Foster se drogou como parte do laboratório para viver Armstrong. Segundo por conseguir encontrar a mesma dissimulação e engenhosidade que durante tantos anos assistimos na televisão sem saber. Um personagem dúbio, completamente crível de suas boas intenções, afinal foi Lance que liderou uma grande campanha de combate ao câncer, ao qual foi acometido quando tinha somente 21 anos e uma carreira promissora pela frente. O longa ainda tem no elenco, Bryan Greenberg, Lee Pace, Jesse Plemons, Chris O'Dowd e Dustin Hoffman. Com roteiro decepcionante para a crítica, “Tudo Vai Ficar Bem” estreia no Festival de Toronto e, pelo menos, reforça os diferenciais técnicos do consagrado diretor alemão Wim Wenders para o drama.
Em “Tudo Vai Ficar Bem” o ator James Franco interpreta um escritor com bloqueio criativo que inesperadamente tem sua vida abalada após o atropelamento acidental de um garoto. Ao longo da década em que deverá lidar com esta tragédia, caem sobre seus ombros a dor de uma namorada sofredora, uma mãe em luto e uma editora pressionando para a publicação de seu livro. O elenco ainda é formado por Charlotte Gainsbourg, Marie-Josée Croze, Rachel McAdams e Peter Stormare. Esse plot tão delicado e cheia de sofrimento foi escrito por Bjørn Olaf Johannessen (Nowhere Man), que parece ser bastante adepto desse tipo de trama, dados seus últimos lançamentos em longa-metragem, e parceria ideal para que a sensibilidade de Wim Wenders pudesse ser aflorada pela profundidade do efeito 3D, explorando emoções e subjetividade. Depois de Eddie Redmayne estrear em Veneza com “A Garota Dinamarquesa”, e mostrar que está na corrida pelo seu segundo Oscar de melhor ator consecutivo, é a vez de Julianne Moore estrear em Toronto e com um filme que tem tanto a dizer, quanto o trabalho de Eddie.
O filme é “Freeheld”, de Peter Sollett. Julianne faz Laurel, uma policial que está em relacionamento sério com a mecânica Stacie (Ellen Page). O mundo delas desmorona quando Laurel é diagnosticada com uma doença terminal. Ela quer que Stacie receba os benefícios da pensão da polícia após a sua morte, só que as autoridades se recusam a reconhecer a relação homoafetiva. O longa é baseado em um documentário que venceu o Oscar de melhor documentário em curta metragem em 2008, que mostrava os últimos dias de Laurel, e a batalha judicial para que ela e Stacie fossem aceitas como um casal. Além das duas atrizes, o filme conta também com Michael Shannon e Steve Carell. Um elenco que tem tudo para chamar a atenção da academia. Mas, parece que não foi bem assim. “Freeheld” acabou sendo bem criticado, o que deve prejudicar o filme nas premiações. Confira: Gregory Ellwood, do Hitfix, escreveu: “Nada é mais desanimador do que escrever um comentário negativo sobre um filme com intenções admiráveis. Infelizmente, um elenco impressionante e eventos significativos da vida real não podem mudar o fato de que é um filme mal feito”. Pelo menos as atrizes principais são elogiadas: “Moore está muito bem retratando a deterioração física de Laurel e fornece ao filme o seu momento mais pungente durante uma reunião do município. Page dá um desempenho apaixonado de uma mulher que simplesmente não quer acreditar que seu parceiro não vai sobreviver. E, felizmente, a dupla tem uma química maravilhosa na tela, que pelo menos faz com que a maioria de suas cenas seja assistível”. Um dos grandes desafios pelo qual muitos cineastas tomaram gosto, é retratar a vida de alguém marcante em seus longas. Dessa vez, um exemplo clássico desta exata reprodução, vem parar em Toronto, e conta a história do famoso trompetista Chat Baker, cuja controversa jornada passou a ser tão cheia de surpresas, que acabou nas telas de cinema.
O longa dirigido por Robert Budreau, traz Ethan Hawke (Boyhood) interpretando Chat Baker, o trompetista e cantor legendário, que depois de se tornar um ícone do jaz em 1950, acabou igualmente famoso por seu vício às drogas. “Born to be Blue” imagina a vida de Baker com uma mistura de fatos reais e ficção, colhendo sua história em um momento de sua carreira quando – após anos de abuso de heroína, percas financeiras, e desgraças públicas – ele volta aos palcos. O longa, encontra Chat no fim dos anos 60, estrelando um filme sobre sua própria vida já sem fama. Ele começa um romance com Jane (Carmen Ejogo), a atriz que interpreta uma de suas amantes, mas suas esperanças de um futuro melhor logo se esvaem quando ele sofre uma batida brutal em um estacionamento após um show. O filme é arquivado, e sua boca é tão danificada que sua carreira musical entra em dúvida. Com um som modificado, uma juventude voraz, e o suporte incansável de Jane, ele se torna determinado a reconquistar seu espaço entre seus companheiros – principalmente seu amigo e colaborador Dizzy Gillespie (Kevin Hanchard), seu rival Miles Davis (Kedar Brown), e seu reservado produtor (Callum Keith Rennie). As boas notas e elogios pelos críticos serviram como um apoio extra para acreditar no longa como um possível premiado. O fato de diferir em muitas biografias por abordar temas sociais e trazer algo estra para a tela foi citado, assim como sua fotografia, trilha sonora e atuação. O TIFF elogiou “O escritor/diretor Robert Budreau nos imerge na sociedade mais sedutiva do jazz de todos os tempos, enquanto ancora a história de Barker no contexto de 1960, problemas com a questão racial e contínuo tumulto político. Algo muito maior que uma biografia comum, Born to Be Blue faz um approach imaginativo, ser real dentro da natureza criativa de seu assunto principal, retratando a vida de um artista cujas contribuições para o mundo da música foram tão grandiosas quanto seus vícios eram trágicos.” |
OS VENCEDORES PREFERIDOS 2024
Os preferidos do público somente aparecem e são votados exclusivamente dentro do Blog. DATAS DE VOTAÇÃO E RESULTADOS
Round 1 de 26/01 a 02/02 = resultados em 03/02 Round 2 de 04/02 a 11/02 = resultados em 12/02 Round 3 de 13/02 a 20/02 = resultados em 21/02 Round 4 de 22/02 a 29/02 = resultados em 01/03 Round 5 de 02/03 a 09/03 = resultados em 10/03
OS VENCEDORES PREFERIDOS 2024
|