Toronto, na noite passada, foi palco da exibição de um dos filmes mais aguardados dessa temporada, “Meu Nome é Ray” (antes chamado de "Três Gerações"). O longa realmente marca o encontro de três atrizes esplêndidas e cada qual, um marco de sua geração. Estamos falando de Elle Fanning, Naomi Watts e Susan Sarandon, a expectativa não podia ser maior!
Dirigido por Gaby Dellal, o filme fala sobre Ray – o personagem de Elle Fanning – que nasceu como mulher, mas nunca se identificou com o gênero e se prepara para fazer a cirurgia de transgenitalização. Sua mãe, Maggie, tenta encontrar a melhor forma de lidar com a questão, mas a avó , Dolly, recusa-se a aceitar e cria um conflito familiar. David Rooney, do The Hollywood Reporter, crítica o roteiro que parece tentar amenizar o assunto e acaba se perdendo em diálogos sem importância: “Dellal co-escreveu o roteiro com Nikole Beckwith, e parece que estão constantemente tentando minar a intensidade dramática de Ray, usando a comédia e brincadeiras e constrangimento nas coisas que os cercam. Na verdade, muito tempo é gasto na mãe de Ray, Maggie, que embora ela seja interpretada com empatia admirável por Naomi Watts, começa a parecer como se o filme deveria ter sido chamado de “Sobre Maggie” (referência ao nome original do filme “About Ray”). “Três Gerações está no seu melhor nos momentos mais calmos e centrados no personagem de Fanning, como ele esconde seu peito ou trabalha para desenvolver seu quadro magro de menina. Há pungência na caracterização de um indivíduo corajoso ansioso para mergulhar em uma vida mais autêntica. E mesmo depois de ser assaltado e ter levado um olho roxo, Fanning sublinha que, sob as contusões da experiência, Ray é impulsionado pela esperança e um sentido totalmente formado de si mesmo, independentemente da sua forma física atual. Pena que a comovente história fica confusa com banalidades açucaradas sobre a coisa louca que chamamos de família”.
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Se tem um tipo de filme que chama a atenção da Academia, são aqueles que homenagem sua própria história do cinema. Junte alguns atores elogiados e que possam dar conta do recado, um roteiro bem montado e pronto: bem-vindo a temporada de premiações.
O longa da vez, que fez sua estreia no festival de Toronto, é “Trumbo”, de Jay Roach. O filme é a cinebiografia do roteirista Dalton Trumbo, famoso por escrever algumas histórias de sucesso da sua época, como “A Princesa e o Plebeu”. Trumbo se recusou a colaborar com o Comitê de Atividades Antiamericanas e acabou sendo preso e proibido de trabalhar. Mesmo após sair da prisão, o roteirista sofria boicotes do governo, e ao mesmo enfrentava problemas familiares. “Trumbo” marca a estreia de Bryan Craston como protagonista em algum filme grande de Hollywood. Bryan é famoso pela série Breaking Bad, que o fez vencer inúmeros prêmios direcionados para a televisão. O longa ainda conta com um ótimo elenco de apoio: Diane Lane, Elle Fanning, Helen Mirren, Louis C. K. e John Goodman. As expectativas para o Oscar cresceram depois da divulgação do primeiro trailer, mas agora vamos dar uma olhada em como foi sua estreia: Jordan Mitzer, do The Hollywood Reporter: “É difícil imaginar um tempo em que Hollywood estava preocupado com nada além de bilheteria, nem um período em que os roteiristas tivessem consideração fora da temporada de prêmios. Assim, a biografia divertidamente informativa, 'Trumbo' - sobre o famoso roteirista na lista negra que se levantou ao Congresso, foi para a cadeia, e depois voltou a escrever filmes - serve como um lembrete decente que nem todos precisam ser impulsionados pela ganância, arrogância e a busca interminável de Oscar (embora Trumbo tenha vencido dois)”. Jordan elogiou ainda os atores: “Estrelado por Bryan Cranston em um papel que exige uma certa dose de arrogância e uma enorme quantidade de fumo de cigarro, o filme é impulsionado por algumas bem-vindas doses de humor, mais notavelmente por causa dos ótimos Louis C.K. e John Goodman”. Henry Barnes, do The Guardian, deu 3 estrelas em 5 e bateu na tecla de esse ser um filme sobre a própria indústria cinematográfica: “Se há um assunto que Hollywood encontra infinito fascínio, é Hollywood. Nos últimos cinco anos, três dos vencedores de melhor filme foram para longas com diferentes visões sobre a indústria: como um lugar de heroísmo ('Argo'), integridade ('Birdman') e nostalgia ('The Artist')”. Henry completou: “Como um exercício em que comemora a bravura de um homem segurando firme os seus direitos fundamentais, Trumbo é um vencedor, filme animado, provavelmente para ir muito bem com os eleitores do Oscar, mesmo que apenas para que eles possam ser vistos a dizer publicamente o quão terrível a coisa toda estava”. Em tempos de globalização e avanços tecnológicos, a oferta de informação é tão acessível que em poucos segundos qualquer pessoa pode se inteirar de notícias dos mais recônditos lugares da Terra. Para que isto aconteça existem mídias que intermediam esta relação. Jornalistas fazem vezes de investigadores, para trazer à tona acontecimentos e fatos de interesse público, quer sejam polêmicos ou triviais. Com base nesta realidade "Truth" foi exibido em Toronto. Um drama jornalístico que gira em torno dos eventos que levaram à queda do então respeitado profissional Dan Rather.
O jornalista Dan Rather (interpretado por Robert Redford) tem um currículo invejável, além de cobrir o escândalo de Watergate e assassinato do presidente Kennedy, foi o primeiro a conseguir uma entrevista com o presidente Clinton, na ocasião do polêmico caso com a estagiária Monica Lewinski. Entretanto, o filme de James Vanderbilt foca o caso que culminou no ponto final de sua carreira, quando seis questionáveis relatórios incriminavam o então presidente George W. Bush (que buscava a reeleição a época) em sua passagem pela na Guarda Aérea Nacional em 1972/73, caíram em suas mãos através da jornalista Mary Mapes, papel de Cate Blanchett. Com destaque para a atuação dupla de Tom Hardy como gêmeos gângsteres, “Legend” estreia no TIFF e permanece como uma boa indicação cinematográfica.
Dirigido por Brian Helgeland e baseado em fatos reais, “Legend” acompanha a entrada dos irmãos Reggie e Ronald Kray ao submundo dos poderosos mafiosos londrinos da década de 60. O filme, de acordo com críticas pontuais do evento, oscila entre cenas extremante violentas e quebras humorísticas para construir os perfis psicopatas dos gêmeos, mas não se sustenta com este apelo ao longo das mais de 2h de duração, tornando-o inconsistente e cansativo. Assim como alguns espectadores se incomodaram com o estilo de direção de Helgeland em “Legend”, o uso de menções a outros filmes de gângsteres e a reprodução de cenas semelhantes, principalmente de “Os Bons Companheiros”, gerou controversas entre os críticos, que tiraram o mérito da produção. Apesar disso, as opiniões sobre a atuação de Tom Hardy foram unânimes: ele traz vida ao longa, por vezes até ofusca seus companheiros de elenco: We Got This Covered – “Hardy demonstrou sua capacidade de brilhar em papéis principais que vão desde o excêntrico Bronson ao expressivo e contido Locke, ao mesmo tempo mantendo a tendência de roubar a atenção do público em papéis coadjuvantes em filmes como A Origem e Os Infratores. Aqui, ele tem a oportunidade de fazer as duas coisas ao mesmo tempo: como Reggie temos um homem de liderança desempenhado com charme suficiente para fazer o personagem crível e magnético, enquanto Ronnie é o ladrão de cena, provocando risos de sua maneira desajeitada e sem corte, às vezes socialmente honesto e imprudente.” A chegada dos festivais vem mostrando que muitas de nossas expectativas despencam enquanto outros filmes surgem para tomar nossos corações. Foi a vez de “Maggie’s Plan” estrear em Toronto e mostrar que uma simples comédia romântica pode trazer uma história bem convincente sobre as relações humanas e sua luta para compreender qual seu lugar no mundo. Com um elenco premiado, e uma ideia simples, o longa pareceu surpreender os críticos na maior cidade do Canadá.
Escrito e dirigido por Rebecca Miller, “Maggie’s Plan” explora de maneira graciosa, os níveis que alcançamos ao tentar completar espaços de nossa vida que estão aparentemente vazios, e traz Greta Gerwig no papel de Maggie, uma mulher que nunca teve um relacionamento duradouro, mas deseja ter um filho. Por essa razão, ela procura doação em um banco de esperma, sem necessidade de laços afetivos, mas mal tem tempo de começar sua inseminação quando se apaixona por John (Ethan Hawke), um homem casado, porém infeliz nessa união. John também se encanta pelo entusiasmo rejuvenescente de Maggie, o que implica em sua separação com sua esposa Georgette Nogaard (Julianne Moore), uma autoritária teórica dinamarquesa, fazendo com que assim, os dois se unam e tenham uma filha juntos. Esse parecia ser o plano de Maggie, com um leve defeito, após um certo tempo ela nota não estar feliz, e que talvez Georgette e John fossem o par ideal desde o início. Baseado na história original de Karen Rinaldi, Maggie’s Plan foi descrito como um envio afetuoso a cultura acadêmica intelectual e uma dissertação sobre a auto realização moderna. Essa é a reflexão do longa de Miller: o controle absoluto que o ser humano tenta tomar sob sua própria vida, e que muitas vezes faz escolhas numa pressa desnecessária para ficar livre de um fardo que não deveria ser considerado assim. A incerteza. O próprio TIFF demonstrou muito positivismo ao citar o filme “Miller exibe sua sensibilidade característica a experiência feminina, mas com uma ludicidade dada a rédeas mais livres do que nunca em seu trabalho. Seu elenco, que também inclui Maya Rudolph e Bill Hader, entrega um trabalho uniformemente inspirado – e Miller faz um uso especialmente engenhoso do talento de Moore. Georgette Norgaard lembra Maude Lebowski em sua excentricidade exótica, ainda que durante o curso de Maggie’s Plan, Moore pegue o que inicialmente parece um papel descompassado de coadjuvante e o administre com muita alma.” Seguimos em frente com o festival de Toronto e o filme da vez é “A Senhora da Van”, de Nicholas Hytner. Não precisou muito para que o longa conquistasse a expectativa do público e se tornasse uma aposta curiosa para o Oscar 2016.
Com três atores da franquia Harry Potter (Maggie Smith, Jim Broadbent e Frances de la Tour) o longa vai tratar da história real de Miss Shepard, uma senhora que passou os últimos 15 anos vivendo dentro de sua van. Aos poucos os vizinhos tentam se aproximar e conhecer um pouco a história dessa senhora peculiar. O longa é inspirado também em uma peça britânica, dirigida pelo próprio Nicholas Hytner e protagonizada pela própria Maggie Smith. Por falar em teatro, não podemos deixar de comentar que mesmo que algumas do elenco pareçam desconhecidos a primeira vista, o longa é quase todo composto por importantes atores de teatro da Inglaterra. Mas ainda assim, a maior expectativa do longa diz respeito a Maggie Smith – vencedora de 5 Baftas, 3 Globos de Ouro e 2 Oscars – pois sua última indicação ao Oscar foi em 2001 por “Assassinato em Gosford Park”. Maggie é uma das atrizes mais importantes do cinema mundial e encontrá-la em um papel tão incomum, pode muito bem atrair olhares e levar uma nova indicação. Confira as principais criticas do longa: Catherine Shoard, do The Guardian, deu 3 estrelas em 5: “Este é um daqueles filmes que acaba sendo muito bonito exatamente como você imagina. Nem melhor, nem pior - a sinopse serve. Se você gosta da ideia dele, você provavelmente vai gostar. E, se for assim, vale a pena”. E sobraram elogios para Maggie: “Smith é excelente: tão confiável em sua habilidade de conseguir qualquer emoção que ela quer de você. O único problema é a idade: a senhorita Shepherd parece tão idosa desde o início, o que significa que sua situação parece mais cruel, do que peculiar”. Por um instante esqueça de um dos vilões mais carismáticos e amados dos filmes de super-heróis ao ver Tom Hiddleston nas telonas, pois em "I Saw the Light" ele é Tom Willians, grande músico americano. Para aqueles que imaginaram que o ator britânico não conseguiria outro sucesso como o que teve ao interpretar Loki, personagem do Universo Marvel, tem neste longa de estreia de Marc Abrahan a chance de ver o quão versátil pode ser. Após a exibição em Toronto, uma afirmação em comum: “Tom Hiddleston está sim na disputa pelo Oscar”. Ao mesmo tempo que elogia seu protagonista, o Festival também decreta que o filme não é tão bom quanto o que se esperava, comprometendo suas pretensões ao Oscar 2016.
Talvez o principal problema do filme seja o que o crítico Andrew Barker, da revista Variety apontou: “Como um soneto, ou um hino, músicas Hank Williams são atemporais, porque as usa como cores primárias para detalhar as essências primárias das emoções humanas mais primárias. Infelizmente, a cinebiografia de Marc Abraham não espelha o assunto. O foco está nas notas de rodapé, na sua marginalidade em vez falar sobre o gênio singular que era. ” Afinal, o que o público gostaria de ver na tela: o gênio da música ou sua conturbada vida pessoal? Parece Abrahan escolheu a segunda opção, entregando um filme que lembra "Jonnhy e June" (2005), cinebiografia sobre o músico folk Jonnhy Cash. Ao escolher se concentrar em Williams como um mulherengo bêbado primeiro e como grande músico em segundo, o filme trabalha estes dois conflitos básicos novo e de novo, ao mesmo tempo que retrata, em ordem cronológica, a última década de sua vida. Jordan Mintzer, crítico do THR faz coro ao lamentar o foco do filme: “É lamentável que I Saw the Light seja muito tradicional e preocupado ao apresentar a vida por trás da música, em vez de tentar explicar porque Williams foi um dos maiores músicos americanos do século passado - um homem que inspirou tanto Elvis Presley e Bob Dylan, com canções atemporais, preparando o terreno para o rock' n' roll e os movimentos populares que se seguiram. ” Suas canções já diziam demais sobre ele, e talvez nenhuma história pode fazer justiça, por isso que é difícil criar uma cinebiografia em torno dele. “Tudo bem se vocês rirem,” disse Ridley Scott antes que o filme começasse na première no Festival de Toronto. O diretor conhecido por sucessos como “Alien,” “Blade Runner,” e o premiado “Gladiador,” trouxe para as telas de cinema o longa “Perdido em Marte” (The Martian). Ao que tudo indica este último não ficou para trás, e Scott conseguiu manter a impecabilidade na execução que já lhe parecia característica.
O longa conta a história do astronauta, Mark Watney, interpretado por Matt Damon, que foi deixado sozinho em Marte, enquanto sua equipe acredita que ele esteja morto. A história fica dividida entre Mark tentando se manter vivo no inóspito planeta. E como um botânico, cujo trabalho era descobrir se plantas poderiam crescer em uma atmosfera tão pobre, Watney, se vê obrigado a encontrar uma forma para que isso aconteça realmente, uma vez que é disso que depende a sua própria sobrevivência. E os esforços da Nasa, uma vez que se descobre que ele está vivo, para que seja possível resgatá-lo. Falando assim, pode parecer que você já viu essa história, mas segundo as críticas, não contada dessa maneira. Elogios para o desenrolar emocionante do filme, o elenco, que não tem nada de reduzido, com Jessica Chastain, Michael Pena, Kate Mara, Jeff Daniels, Sean Bean, Chiwetel Ejiofor, Donald Glover, Mackenzie Davis e Kristen Wig, e a direção de Scott que manteve um filme que provavelmente levará pessoas ao cinema em busca de uma nova Sandra Bullock de “Gravidade,” original, e bem diferente do que se espera de prontidão apenas pela sua sinopse. A crítica do The Wrap, feita por Steve Pond citou o elenco e a forma como o diretor direcionou os papéis: “Todos tiveram ótimas oportunidades, e todos souberam exatamente o que fazer com elas.” E ainda defendeu o estilo do filme para um possível Oscar “É possível que os prazeres de um filme pipoca como “Perdido em Marte” trabalhe contra ele quando o momento das premiações chegar, com alguns votos talvez optando por trabalhos evidentemente sérios. Mas Scott tem coisas sérias em sua mente aqui, produzindo um conto cujos heróis usam o poder do cérebro ao invés da força bruta para superar obstáculos impossíveis.” Estreou o novo filme estrelado por Sandra Bullock, “Our Brand is Crisis”, que interpreta uma assessora de marketing político auxiliando uma campanha na Bolívia.
“Our Brand is Crisis” foi desenvolvido a partir do documentário de Rachel Boyton em 2005, o qual também acompanhava os assessores Bob Shrum, Tad Devine e James Carville durante a ação política boliviana. Para o roteiro hollywoodiano o diretor David Gordon Green contou com o roteirista Peter Straughan, quem na opinião da crítica criou um texto com falhas, porém bem sucedido ao transformar um papel masculino em uma das melhores personagens femininas do cinema. O personagem de Bullock, Jane Bodine, foi primeiramente escrito para George Clooney, que entra em “Our Brand is Crisis” como um dos produtores. A atriz perguntou ao amigo se não havia uma papel masculino que poderia ser transformado para feminino, pois ela não estava encontrando papéis significativos em Hollywood. Dessa forma, Sandra entrou no filme e trouxe uma interpretação com ares satíricos e tons de humor negro, como é possível ver nos comentários abaixo: THR - “Sob a direção de Green sempre eclética, há divertimentos onde tinha de ser, especialmente quando Bullock finalmente começa acionando sua personagem a níveis claramente de má reputação. Mas há a sensação persistente de oportunidades perdidas, de coisas que não sendo ditas que poderiam ter sido, de pedras sobre pedra, sendo que poderia ter revelado muito mais sobre as deficiências dos sistemas políticos não exatamente conhecidos por sua confiabilidade e justiça. Depois de Jake Gylenhaal brilhar com “Demolition,” e os documentários “Hitchcock/Truffaut” e “Where to Invade Next?”abrirem passagem, chegou a vez do Festival de Toronto nos presentear com um suspense. “Eye in the Sky” – dirigido por Gavin Hood – trás um elenco de força, que conta com Aaron Paul, no auge de sua carreira, após o sucesso de Breaking Bad, Alan Rickman, que ficou eternizado como Severus Snape na saga Harry Potter, além de Hellen Mirren, que já levou uma estatueta para casa por "A Rainha", Ian Glen (Game of Thrones), Barkhad Abdi (indicado por "Capitão Philips"), Kim Elgerbrecht (Dominion) e Phoebe Fox (Um dia). Só o peso de seu elenco já consegue convencer muita gente a ir aos cinemas para assistir ao longa, mas será que essa impressão se manteve para os críticos após acompanhar a estreia de “Eye in The Sky”?
Escrita por Guy Hibbert, a história conta sobre o objetivo da Operação Britânica Cobra, que é capturar Aisha Al Hady (Lex King), um cidadão britânico radicalizado que se juntou ao grupo terrorista somaliano Al Shabab. Mas seu objetivo de captura acaba se modificando para um objetivo de morte, quando a indomável Coronel Katherine Powell (Hellen Mirren), que vinha perseguindo Al Hady há anos, descobre que Al Shabab está planejando ataques suicidas. Então, o operador de drones, Steve Watts (Aaron Paul) coloca como seu alvo o esconderijo de Al Shabab, mas reporta a Londres que uma garota de nove anos de idade entrou na zona de morte. A questão principal do filme passa a ser essa, se mesmo um alvo tão valioso valeria a pena, quando seu fim dependeria da morte de uma cidadã inocente, e se esse ato, que potencialmente pode gerar uma queda politica, vale o risco. Respondendo a pergunta do inicio: sim, os críticos pareceram se manter animados com o longa. Não apenas por seu elenco renomado, mas também pela sua trama. O prórpio festival fez elogios: “Um olhar fascinante sobre como nossos líderes manejam a guerra agora, “Eye in the Sky” nos leva para salas de controle, containers de navios onde são tomadas decisões militares que poderiam resultar na morte de pessoas que estejam milhares de quilômetros distantes. Estrelando Hellen Mirren, Aaron Paul, e Alan Rickman, o diretor de Tsotsi, Gavin Hood é enormemente pertinente e assustadoramente divertido.” O papel forte de Hellen Mirren foi lembrado pelo The Guardian “Mirren é confiavelmente firme e é aliviante vê-la em um papel como esse, interpretando uma personagem que, em uma versão mais Hollywoodiana, seria sem sombra de dúvidas interpretada tanto por uma mulher jovem, quanto por um homem.” E o trabalho de Gavin Hood não ficou para trás nas críticas “Enquanto é muito esperado de Hood, que ele adicione muito estilo ao exagerado cenário de apenas uma sala, ele nos posiciona de frente a suspense em um numero de sequencias de bravura. Sem esforços ele troca de continente e mantém autenticidade em cada um, explode a tensão enquanto a moralidade posta contra a necessidade com decisões rápidas, ainda que fatídicas, sendo tomadas. A complexidade e burocracia desses momentos soa frustrantemente real.” Continuando a temporada 2015 de exibições cinematográficas no TIFF, o documentário “Hitchcock/Truffaut” explora, através de áudios, trechos de filmes e entrevistas, a mente criativa do diretor Alfred Hitchcock e cria uma excelente base para os futuros cineastas, na opinião da crítica.
O documentário “Hitchcock/Truffaut” é adaptado do livro de mesmo nome e das gravações feitas durante a conversa entre os dois diretores na década de 60. Diferente do que se possa esperar sobre um documentário de figura tão excêntrica como Hitchcock, o trabalho do diretor Kent Jones foca na técnica, nos objetivos e no mito por trás da lente do Mestre do Suspense, deixando os comentários da esposa Alma Reville apenas como detalhes. A produção ainda conta com entrevistas e análises das principais obras de Alfred Hitchcock a partir dos olhares de diretores renomados, como Martin Scorsese, Wes Anderson, David Fincher e Olivier Assayas. Mesmo com este elenco, os críticos presentes na mostra do TIFF não se animaram muito com o documentário de Jones por causa do ritmo da narrativa, mas não tiraram seu mérito ao produzir um conteúdo informativo de qualidade. Collider – “Como Truffaut, Jones foi claramente motivado por um amor à obra de Hitchcock e um desejo de entender melhor técnica e personalidade do diretor. Seu documentário não vai suplantar as entrevistas de Truffaut, nem deve. Ele agora está ao lado do livro como um guia fundamental para a compreensão e abraçando a magistral obra de um cineasta mestre.” Screen Crush – “Em apenas 80 minutos de duração, o documentário mal arranha a superfície do tesouro de ideias da entrevista original. Mas é um gateway de entretenimento para o livro e obra de Hitchcock, que certamente irá inspirar novas gerações a aprender a linguagem do cinema sozinhas.” We Got This Covered –“Hitchcock /Truffaut é mais um olhar reverente e perspicaz para as técnicas, obsessões, e carisma de um homem que conquistou o público e inspirou imitadores por décadas.” Com os comentários publicados sobre “Hitchcock/Truffaut” e os últimos filmes de Kent Jones (“A Letter to Elia” e “Val Lewton: The Man in the Shadows”, ambos sobre figuras da indústria cinematográfica), fica clara sua paixão pela Sétima Arte, talvez até a mesma que tenha motivado François Truffaut ao entrevistar Hitchcock em 1962. Por enquanto o documentário não tem data de estreia no Brasil, mas o livro “Hitchcock/Truffaut” continua disponível nas livrarias e é obrigatório para qualquer amante do cinema! A 40° edição do Festival Internacional de Cinema de Toronto assistiu a volta de um dos mais controversos documentaristas: Michael Moore. Ele reaparece seis anos depois com seu mais novo documentário: “Where To Invade Next?,” do qual se sabia pouco até então, e que logo após ser lançado já ganhou o título de mais engraçado de sua carreira.
A premissa do filme é que a Junta de Chefes do Estado Maior chamou Moore para uma reunião secreta e admitiu a ele “Michael, nós não sabemos o que diabos estamos fazendo,” desistindo de toda intervenção militar ao redor do país e pedindo a Michael que faça invasões de agora em diante. Mas essa é apenas uma armação de brincadeira para o verdadeiro filme, que envolve Moore viajando de país em país e tentando “roubar” as coisas que lá se faz melhor do que nos Estados Unidos. O que inclui, oito semanas de férias pagas para trabalhadores na Itália, alunos sem dever de casa na Finlândia, lanches gourmet em escolas na França, despesas universitárias gratuitas na Eslovênia, uma prisão focada em reabilitação na Dinamarca, a acusação daqueles que causaram o colapso bancário na Islândia... Tudo isso entre explicações daqueles que vivem perante essas diferentes sociedades, e seus olhares artudidos quando o documentarista conta como as coisas funcionam nos Estados Unidos. O diretor pontuou que sua forma crítica de expor os problemas sociais não foi deixada de lado, apesar do fato de ter focado nos pontos que gosta da Europa e não em suas crises, no início da apresentação do documentário, ainda afirmou: “Se vocês gostariam de saber por que eu não mencionei a alta taxa de desemprego na Itália, ou seja lá o que for, a razão é que fui para lá para colher as flores, e não as ervas daninhas.” Os críticos não pareceram se importar com isso, e ao que tudo indica, sua exibição foi intercalada com risadas e uma aclamação em pé ao fim. Steve Pond escreveu para o The Wrap: “O filme perde um pouco do foco principal de Moore em seus outros trabalhos, como “Roger e Eu,” “Tiros em Columbine” e “Fahrenheit 9/11.” Um de seus filmes mais engraçados, e com certeza vai funcionar com fãs de seu trabalho anterior. E os temas comuns que se passam por “Where To Invade Next” o tornam mais forte: trabalho é a chave para a primeira metade do filme, o empoderamento de mulheres fica na segunda metade. A conclusão é um filme poderoso, que só adiciona na hora de criar esse “Filme Feliz do Michael,” enquanto Moore mostra que muitas das boas ideias que vem se destacando se originaram nos Estados Unidos.” Eric Kohn elogiou Moore para o IndieWire, e elogiou a mudança de tom do Diretor para algo mais positivo “Cinco anos após o incoerente “Capitalismo: Umas história de amor,” o cineastra volta de um de seus piores filmes, com um de seus melhores – uma junção surpreendentemente cativante, de sugestões para um amanhã melhor. [...] O tenor inocentede sua narrativa apenas destaca, suas aspirações sensitivas e de mente aberta. Acenando sua bandeira americana pelo mundo, Moore incorpora uma atitude ao invés de se basear em uma série de artimanhas publicitárias. Longe de ofuscar o foco de seu trabalho, ele associa-se a ele.” Enquanto o Festival de Veneza continua nos mostrando alguns dos principais filmes dessa temporada de premiações, ontem foi a abertura de outro dos festivais de cinema de maior relevância mundial e que também vai nos trazer um parâmetro do que esperar para o Oscar 2016. Então, sejam bem-vindos ao Festival de Toronto!
O filme de abertura foi “Demolition”, de Jean Marc-Vallée, e a maior expectativa a respeito do longa vinha pelo seu protagonista Jake Gylenhaal, que é considerado um dos atores mais promissores dos últimos anos. E, analisando os últimos trabalhos do diretor, “Livre” (indicação ao Oscar para Resse Whiterspoon e Laura Dern) e “Clube de compra Dallas” (que deu o Oscar para Jared Leto e Matthew McConaughey), o nome de Jake já parecia figurar entre as maiores apostas do Oscar 2016 e Naomi Watts, Chris Cooper e o garoto Judah Lewis estavam cotados também para atores coadjuvantes. Mas a estreia do filme em circuito comercial acabou sendo adiada para abril, então a não ser que resolvam adiantar para esse ano, “Demolition” só poderá ser elegível para o Oscar 2017. Em “Demolition”, Jake interpreta Davis, um bem sucedido banqueiro de investimentos que, poucos minutos após ficar viúvo, se irrita com uma máquina de doces por não conseguir comprar um M&M’s. Davis escreve reclamações que chegam as mãos de Karen (Naomi Watts), que acaba estabelecendo um laço afetivo com ele, que começa a cada vez mais a dizer como se sente. Aos poucos, Davis avalia a natureza de seus sentimentos, sua própria existência e começa a demolir - literalmente - algumas de suas certezas. Confira algumas das principais críticas: Peter Debruge, do Variety, enfatiza que dependendo desse primeiro dia, a data de estreia da produção muito provavelmente será mudada para conseguir competir nas premiações desse ano e elogia muito Jake Gylenhaal: “Considerando o quão longe o ator dedicado irá para transformar-se em alguém novo, seja engordando (como em "Jarhead" e "Noucate") ou emagrecendo (como em “O Abutre") como o papel exige, é duplamente impressionante vê-lo construir um personagem sem a muleta de uma reinvenção física total - o que significa dizer, que ele pode mostrar-se como os fãs Jake Gyllenhaal conhecem e amam, e ainda assim desaparecer completamente atrás da sua própria fachada”. Peter ainda salienta várias vezes o quanto esse é o melhor trabalho de Jake desde “Brokeback Mountain”. O último dia do Festival de Toronto revelou os vencedores que mais se destacaram durante esses produtivos 10 dias.
"The Imitation Game" ganhou o principal prêmio do festival, o People’s Choice Award - Melhor Filme, que é dado ao longa-metragem com as classificações mais elevadas por meio de votações populares. Ou seja, os espectadores são extremamente importantes para a existência do TIFF. O longa dirigido por Morten Tyldum recebeu excelentes críticas em sua estreia, e confirmou que o ator Benedict Cumberbatch estará lutando por uma das cinco vagas do Oscar 2015 de Melhor Ator. Essa vitória significa muito para a produção, pois ano passado o vencedor desse mesmo prêmio foi "12 Anos de Escravidão" - que também venceu o Oscar 2014 de Melhor Filme. Nas 34 vezes em que foi dado o prêmio People’s Choice Award, ocorreu de 12 premiados também serem indicados ao Oscar de Melhor Filme, e cinco serem igualmente vitoriosos em Toronto e na principal categoria do Oscar: Carruagens de Fogo (1981); Beleza Americana (1999); Quem Quer Ser um Milionário? (2008), O Discurso do Rei (2010) e 12 Anos de Escravidão (2013). “The Imitation Game” acompanha a verdadeira história de Alan Turing (Cumberbatch) que teve uma ascensão no mundo da tecnologia, quando seus conhecimentos inestimáveis em matemática, lógica e ciência da computação contribuíram com as estratégias usadas pelos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. No entanto, este homem tinha diversos conflitos internos. O elenco de apoio é formado por Keira Knightley (que também teve o seu destaque com a sua performance), Matthew Goode, Rory Kinnear, Allen Leech, Matthew Beard, Charles Dance e Mark Strong. O longa estreia em 21 de novembro nos EUA (ainda sem data para cá) e deve ser um forte competidor no Oscar 2015, nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Roteiro, Melhor Direção de Arte, Melhor Figurino. Tendo possibilidades de crescer em Melhor Atriz Coadjuvante (Knightley), Melhor Fotografia, Melhor Trilha Sonora e Melhor Diretor. Confira todos os vencedores do Festival de Toronto 2014, abaixo: O Festival de Toronto 2014 está no seu fim. Confira um apanhado das recepções dos últimos longas exibidos, abaixo:
Toronto 2014: Confira as reações sobre os filmes “Boychoir”, “Cake”, “The Cobbler” e outros!11/9/2014 Faltam três dias para o fim do Festival de Toronto 2014, e muitos filmes continuam passando e novas reações dos críticos surgem. Confira um apanhado das recepções dos filmes a seguir:
Toronto 2014: Julianne Moore ganha nova corrida ao Oscar 2015 de Melhor Atriz com “Still Alice”!10/9/2014 A atriz Julianne Moore voltou com tudo este ano. Depois da estreia de “Maps to the Stars” no Festival de Cannes - do qual ganhou o prêmio de Melhor Atriz -, ela surge em mais um filme que pode render muitos prêmios.
“Still Alice” - a adaptação homônima do livro de Lisa Genova - conta o drama da Dra. Alice Howland (Julianne Moore), uma renomada professora de linguística. Aos poucos, ela começa a esquecer certas palavras e se perder pelas ruas de Manhattan. Ela é diagnosticada com Alzheimer precoce. A doença coloca em prova a força de sua família. Enquanto a relação de Alice com o marido, John, fragiliza, ela e a filha Lydia se aproximam. O elenco ainda é composto por Kristen Stewart, Alec Baldwin, Kate Bosworth e Hunter Parrish. Depois de muita expectativa de que Julianne teria altas chances de Oscar com “Maps to the Stars”, e um balde de água fria na cabeça ao sabermos que o longa não receberia uma campanha. Os críticos e especialistas avisam que o Oscar pode vir agora de “Still Alice”! A estreia da produção no Festival de Toronto direcionou os holofotes para mais uma brilhante atuação de Moore. Veja as reações, abaixo: A lendária e ótima atriz Liv Ullmann (duas vezes indicadas ao Oscar de Melhor Atriz), e que teve a oportunidade de trabalhar em muitos filmes do mestre Ingmar Bergman, estreou em Toronto com o seu mais novo longa. Como diretora, ela teve a responsabilidade de trazer a adaptação da peça teatral “Miss Julie” de August Strindberg para as telonas.
Os protagonistas são formados por Jessica Chastain e Colin Farrell, já Samantha Morton faz o papel de coadjuvante no elenco. Na trama, no verão de 1890. No Condado de Fermanagh, Julie (Chastain), a instável filha de um aristocracia anglo-irlandês incentiva John (Farrell), um empregado de seu pai à seduzi-la. Eles flertam desafiando psicologicamente um ao outro. Kathleen, a cozinheira (Morton), testemunha o jogo entre os amantes. Apesar de perplexa, a empregada não conta a ninguém sobre o caso entre Julie e John. Por mais interessante e com cara de Oscar que o filme tenha, os críticos que assistiram parecem tê-lo colocado em seu devido lugar, e não é numa corrida pela estatueta. A produção recebeu muitas duras recepções, e nada de Oscar foi falado. Aparentemente, nem Chastain que é a estrela do momento conseguiu salvar o longa. Pode-se dizer que “Miss Julie” deixa a corrida nas principais categorias do Oscar 2015, mas pode ter uma vida nas técnicas. Confira as reações negativas e uma positiva, abaixo Comentava-se que “The Imitation Game” poderia ser uma boa promessa para o Oscar 2015, ainda mais ao falar sobre o famoso Alan Turing. O longa acompanha a verdadeira história de Turing com a sua elevação no mundo da tecnologia, quando seus conhecimentos inestimáveis em matemática, lógica e ciência da computação contribuíram com as estratégias usadas pelos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. No entanto, este homem tinha diversos conflitos internos.
Benedict Cumberbatch que vem sendo uma estrela em ascensão foi o escolhido para interpretar Turing. Mas pelo jeito, esse filme o colocará definitivamente junto das grandes estrelas de cinema. O filme estreou em Toronto com muita expectativa dos críticos, e parece não ter decepcionado. Quer dizer, Cumberbatch é quem não decepcionou de jeito algum. A atuação do ator ganhou apoio e certeza para muitos especialistas que a sua vaga do Oscar 2015 de Melhor Ator está a sua espera. O elenco de apoio é formado por Keira Knightley (que também teve o seu destaque com a sua performance), Matthew Goode, Rory Kinnear, Allen Leech, Matthew Beard, Charles Dance e Mark Strong. Confira as reações, abaixo: Esse ano, o Oscar premiou dois atores de um mesmo filme, Matthew McConaughey (melhor ator) e Jared Leto (melhor ator coadjuvante) por “O Clube de Compras Dallas”. Agora, O longa “Wild” - que chega ao Festival de Toronto - poderá repetir essa dobradinha premiada, mas dessa vez nas categorias femininas de atuação. Essa possibilidade passa a ser considerada por haver um denominador comum nos dois longas: o diretor Jean-Marc Vallée.
Vallée trouxe um independente “O Clube de Compras Dallas” em uma corrida com grandes filmes. No final, a produção surpreendeu com seis indicações ao Oscar – incluindo Melhor Filme – e três estatuetas. O novo trabalho de Vallée adapta um importante best-seller americano, “Wild: From Lost to Found on the Pacific Crest Trail” da escritora Cheryl Strayed, que é interpretada por Witherspoon. A trama segue os acontecimentos posteriores da morte da mãe, um divórcio e uma fase de autodestruição repleta de heroína para Strayed, que decide mudar e investir em uma nova vida junto à natureza selvagem. Para tanto, ela se aventura em uma trilha de 1100 milhas pela costa do oceano Pacífico. Os críticos assistiram “Wild” e concordam que é a melhor performance de Reese desde de “Johnny & June” - da qual rendeu a sua estatueta de Melhor Atriz -, e outros ainda arriscam ao afirmar que essa é a melhor atuação de sua carreira. Além disso, a co-estrela Laura Dern passa a ter probabilidades concretas de emplacar a sua segunda indicação ao Oscar como Atriz Coadjuvante – a primeira veio como protagonista por “As Noite de Rose”. Confira as reações, abaixo: |
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