A lendária e ótima atriz Liv Ullmann (duas vezes indicadas ao Oscar de Melhor Atriz), e que teve a oportunidade de trabalhar em muitos filmes do mestre Ingmar Bergman, estreou em Toronto com o seu mais novo longa. Como diretora, ela teve a responsabilidade de trazer a adaptação da peça teatral “Miss Julie” de August Strindberg para as telonas. Os protagonistas são formados por Jessica Chastain e Colin Farrell, já Samantha Morton faz o papel de coadjuvante no elenco. Na trama, no verão de 1890. No Condado de Fermanagh, Julie (Chastain), a instável filha de um aristocracia anglo-irlandês incentiva John (Farrell), um empregado de seu pai à seduzi-la. Eles flertam desafiando psicologicamente um ao outro. Kathleen, a cozinheira (Morton), testemunha o jogo entre os amantes. Apesar de perplexa, a empregada não conta a ninguém sobre o caso entre Julie e John. Por mais interessante e com cara de Oscar que o filme tenha, os críticos que assistiram parecem tê-lo colocado em seu devido lugar, e não é numa corrida pela estatueta. A produção recebeu muitas duras recepções, e nada de Oscar foi falado. Aparentemente, nem Chastain que é a estrela do momento conseguiu salvar o longa. Pode-se dizer que “Miss Julie” deixa a corrida nas principais categorias do Oscar 2015, mas pode ter uma vida nas técnicas. Confira as reações negativas e uma positiva, abaixo The House Next Door – “Chastain e Farrell gritam, choram e tremem de paixão mal contida, mas preso dentro dos limites de um set de cozinha teatral, com algumas tentativas de enquadramento criativo ou outros enfeites cinematográficos, o clima permanece frio e distanciado”. David Rooney – “Um assunto pesado, imponente que carece de relevância e só adquire energia intermitente”. Screen International - “Toda a tremenda intensidade claustrofóbica do original está espalhada aos ventos. E isso não vai passar despercebida pelos amantes do teatro, que devem ser o público imediato desse filme”. Variety - "A venerável, mas estática adaptação de Liv Ullmann da clássica peça de Strindberg não funciona como um filme, apesar de personagens impressionantes”. IndieWire – “A versão de Ullmann de "Miss Julie" existe em uma categoria especial do cinema; é tóxico, é hipnótico, e apaixonadamente traduz o gênio do instinto de Strindberg para esclarecer os espectros psicológicos das multi-camadas do desejo humano de luxúria e poder. É inesquecível em todos os sentidos da palavra”. “Miss Julie” ainda não tem data de estreia para os cinemas brasileiros e americanos.
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