Seguimos em contagem regressiva para a chegada de 2017, faltam apenas seis dias. O especial de fim de ano do CETI! Sete Ondas, Sete Filmes Inesquecíveis procura listar filmes especiais, aqueles que têm presença garantida no fim do ano. O de hoje é uma pequena e preciosa joia. Contar doze anos da história de um menino, de seus seis até aos dezoito anos, da infância ao fim da high school. Este é o simples objetivo do novo clássico "Boyhood: Da Infância à Juventude". Se alguém te contasse isoladamente a sinopse do filme, provavelmente você pensaria que já viu isso antes em Hollywood, porém quando sabemos que ele foi gravado de pouquinho em pouquinho durante doze anos, acompanhando exatamente o crescimento de Mason, interpretado por Ellar Coltrane, e o envelhecimento dos atores, seus olhos naturalmente brilham. O cinesta Richard Linklater ousou juntar elenco e produção ano após ano para criar este épico que faz parte da história do cinema.
O roteiro de "Boyhood" é bem contrastivo, pois apesar de centrar sobre a vida de um menino e família tipicamente americana, acaba por transformar em uma história universal. O núcleo de Mason, Samantha e de seus pais poderia ser retratado em qualquer parte do mundo com fidelidade igual, porque dentro das diferenças de culturas, a vida do crescimento de uma pessoa em uma família com pais separados guardam muitas semelhanças. O cinema pode ser uma representação da vida real, mas neste longa ele realmente é um espelho da realidade. Todo cotidiano, recheado de situações triviais são dotados de inumeros significados. Por fim, não se pode deixar de destacar as atuações. Primeiro é elogiável o esforço de cada um em manter a coerencia de seus personagem ao longo de todos esses anos, não há quebra neles. O desconhecido Ellar Coltrane traz uma doçura e rebeldia ao menino que a cada momento arranca um sorriso do rosto do espectador e torcida fervorosa pela sua felicidade e sucesso. Ele tem como companheira Lorelei Linklater, filha do diretor, a menina encarna perfeitamente aquela irmã que tanto nos irrita, mas amamos e vamos defender para sempre. Ethan Hawke, parceiro de longa data de Linklater, traz a mesma delicadeza que lhe é comum nos seus filmes dramáticos, o pai é um homem que sempre luta por seus filhos. E Patrícia Arquette, dona de uma das melhores interpretações dos últimos tempos, que desde o início da temporada de premiações era apontada vencedora de qualquer prêmio. Seu Oscar coroa uma mãe confusa, abusada emocionalmente e que transborda amor por seus filhos, sem conseguir demonstrar como queria. "Booyhood" é um clássico moderno, um filme indispensável na lista de todo cinéfilo. Quando você for pular a segunda das sete ondas, deseje sempre o BEM DE SUA FAMÍLIA.
Juliana Leão - Equipe CETI!
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