Ovacionado pela crítica, "Roma" estreia em Veneza como o melhor filme da carreira de Alfonso Cuarón!31/8/2018 Fechando com chave de ouro esse segundo e importante dia de Veneza, um dos diretores mais aguardados da temporada: Alfonso Cuarón, vencedor do Oscar de Melhor Diretor por “Gravidade”. A propósito, as apostas são tão altas, que a Netflix estreou o filme em Veneza já anunciando que “Roma” teria exibição nos cinemas para poder chegar até o Oscar! Se passando na Cidade do México em 1970, o filme, que traz um elenco praticamente todo desconhecido, conta sobre a rotina de uma família de classe média que é controlada de maneira silenciosa por uma mulher (Yalitza Aparicio), que trabalha como babá e empregada doméstica. Durante um ano, diversos acontecimentos inesperados começam a afetar a vida de todos os moradores da casa, dando origem a uma série de mudanças, coletivas e pessoais. Sem enrolações para falar do filme, vamos ser tão diretos quanto foi a IndieWire em sua crítica: “o drama de Alfonso Cuarón é o seu melhor filme desde "E Sua Mãe Também". O trabalho mais pessoal do cineasta de "Gravidade" é uma fascinante história em preto e branco sobre um testemunho silencioso da história”. E os elogios ainda foram mais além: “’Roma’ é um filme raro, sem pressa para revelar o que é. O primeiro projeto de Alfonso Cuarón em sua terra natal, México, desde "E Sua Mãe Também", "Roma" tem mais em comum com a narrativa baseada em personagens do filme do que qualquer uma das produções maiores que ele fez desde então; Ele também exibe um domínio absoluto do assunto e da direção. O conto agridoce de uma empregada doméstica em um bairro de classe média da Cidade do México no início dos anos 70, ‘Roma’ canta memórias de Cuarón, de sua educação, em uma saga arrebatadora, meditativa, preto-e-branco que minera sua história agridoce de dentro pra fora”. Aliás, uma última observação interessante da IndieWire, foi em relação ao diretor saber utilizar muito bem a Netflix: “’Roma’ reúne sua narrativa a partir de pequenos momentos, enquanto a câmera do diretor passa lentamente por várias cenas para mergulhar em locais distintos, enquanto distribui pedacinhos de detalhes de histórias de lugares improváveis (o filme implora por múltiplas visualizações, o que torna a controversa decisão de Cuarón de lançar o filme na Netflix, na verdade, numa dádiva de Deus, mesmo que mereça uma tela grande)”. O THR exaltou a todo momento a beleza impar que o filme carrega: “Abençoada com uma sensibilidade excepcionalmente aguda às coisas da vida, ‘Roma’ é um filme de memória de beleza incomum, que empurra para o primeiro plano o que é comumente deixado de lado.” E o veículo ainda finaliza o seu texto assim: “Pode não ser o filme de memórias que muitos poderiam esperar de um cineasta tão aventureiro, às vezes atrevido, de ficção científica / fantasia, mas é absolutamente novo, confiante, surpreendente e arrebatadoramente belo”. A Variety, por mais que tenha dado nota máxima ao filme, colocou algumas questões: “’Roma’ não é um mero filme - é uma visão, uma peça de memória que se desenrola com uma austeridade corajosa e nos leva através do tempo. É um devaneio proustiano, sonhado e projetado até a última esquina e relembrando cada peça de mobília desgastada. No entanto, na verdade, acho que está longe de ser uma obra-prima, porque, como uma experiência de visualização, ela tem uma pureza ligeiramente hermética. Ou seja, cada momento chega até você da mesma maneira zen e é tudo metodicamente objetivo e carinhoso. Se o filme fosse mais debatido e vulgar, talvez não fosse tão artístico, mas poderia ter sido mais radicalmente estimulante”. Mas, fazendo coro às outras criticas, o The Guardian também entrega a nota máxima, 5 estrelas em 5 e diz que esse é o melhor filme da carreira de Cuarón: “um filme emocionante, envolvente e comovente, com uma história ricamente pessoal para contar, belamente e dinamicamente filmado em preto e branco”. Talvez isso possa pegar muita gente de surpresa, já que Cuarón é dono de uma filmografia incrível, mas é realmente interessante que entre tantos filmes de ficção, talvez o mais simples do diretor seja aquele em que a crítica mais teve apreço. A imprensa já disse que “Roma” é o favorito para vencer o prêmio Leão de Ouro de Melhor Filme, além de poder concorrer ao Oscar como Melhor Filme Estrangeiro – caso seja o selecionado do México – sem contar que a Netflix irá fazer campanha para as outras categorias. Será que teremos Cuarón outra vez como Melhor Diretor? Danilo Teixeira - equipe CETI!
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