Chegou a hora de falarmos sobre Melhores Efeitos Visuais, a categoria do Oscar que mais se desenvolve e nos surpreende com o passar dos anos. Melhores Efeitos Visuais demorou anos para ser aceito como uma categoria fixa. Até 1978, apenas prêmios especiais eram entregues, o que era inusitado, pois acontecia praticamente todo ano. Primeiro, precisamos entender que por efeitos visuais entende-se tudo aquilo que foi manipulado em algum momento da produção do longa. Seja por meio de computadores, de robôs ou de técnicas de edição. Quando pensamos em efeitos, na mesma hora associamos com batalhas grandiosas como em "Star Wars". Mas, as vezes um efeito visual pode ser a chuva, um acidente de carro, ou uma multidão. O mais chamativo é que os Efeitos Visuais acompanham a evolução do cinema e da tecnologia. Méliès utilizava cortes e montagem para fazer efeitos que na época já deixavam o público maravilhdo, essa técnica se desenvolveu ao ponto de virar o chamado stop-motion. Que nada mais é, do que várias fotografias tiradas em sequência. Essa técnica é amplamente utilizada em algumas animações, como no caso do vencedor do Oscar Melhor Animação 2006, “Wallace e Gromit: A Batalha dos Vegetais”. Os personagens são feitos em massa e a técnica de stop-motion acompanha todo o trabalho. Outra forma de efeitos visuais, que acabou em desuso com o passar dos anos, são os “animatronics”, esse termo foi usado para descrever figuras mecânicas tridimensionais que foram desenvolvidas pelos engenheiros da Disney para atrações da Disneylândia. Uma das vantagens dos “animatronics” era o realismo que traziam para a cena. O auge desse estilo de trabalho foi com o “Jurassic Park” de 1993, depois disso os efeitos digitais começaram a tomar conta, mas por anos foi comentado que dinossauros nunca mais foram tão bem feitos quanto no filme de Steven Spielberg. Confira abaixo um vídeo muito interessante sobre como foram feitos os dinossauros: Nos anos 2000 chegou “Matrix”, o filme foi considerado um marco na evolução dos efeitos visuais. Nada daquilo já havia sido visto antes. A computação gráfica abriu um novo horizonte para o cinema e pode-se dizer que “Matrix” foi que abriu novas portas. É interessante repararmos que o único prêmio que sempre é dado para uma equipe é o de Melhores Efeitos Visuais. Por exemplo, a equipe de Peter Jackson foi premiada 4 vezes, três anos pela franquia “Senhor dos Anéis” e outro ano por “King Kong”. Alguns nomes se diferenciam de um ano para o outro, mas mais ou menos as mesmas 7 pessoas estiveram trabalhando nesses 4 projetos. Por exemplo, em 2006 o prêmio de Melhores Efeitos Visuais foi para “King Kong”, e a equipe era Joe Letteri, Christian Rivers, Richard Taylor e Brian Van’t Hul. Joe e Richard estiveram, cada um, em dois longas do “Senhor dos Anéis”. Aliás, foi com Peter Jackson que uma nova tecnologia se desenvolveu, a captura de movimento. Basicamente, uma roupa especial era colocada no ator e um computador captava todos os seus movimentos, até mesmo os faciais, e assim nascia o personagem nas telas. O ator Andy Serkis se tornou especialista nesse estilo de trabalho e inclusive utilizou dele para fazer o personagem de King Kong. O atual vencedor da categoria é “Interstellar”, com Paul Franklin, Scott R. Fisher, Ian Hunter e Andrew Lockley. O filme mostra exatamente o que a Academia procura na categoria, efeitos bem construídos, que sejam utilizados para o desenvolvimento do filme e que deixem o espectador maravilhado, dentro da verossimilhança proposta pelo diretor. Christopher Nolan é conhecido por seus trabalhos grandiosos e por construir o máximo possível de seus cenários, deixando para efeitos apenas a finalização. A sua equipe já foi premiada antes por “A Origem”. Confira abaixo como foi criada uma das cenas mais interessantes de “Interstellar”. Os concorrentes desse ano são “Mad Max: Estrada da Fúria”, “O Regresso”, “Perdido em Marte”, “Star Wars: O Despertar da Força” e “Ex_Machina: Instinto Artificial”. Este ano a categoria está bem equilibrada e todos têm boas chances diante da estatueta. Danilo Teixeira - equipe CETI!
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