Enquanto o Festival de Nova York segue para a reta final, David O. Russell lançou seu novo filme fora de festivais.
"Amsterdam" chegou nos cinemas com o maior elenco da temporada, e não tô exagerando: Christian Bale, Margot Robbie, Taylor Swift, John David Washington, Anya Taylor-Joy, Robert De Niro, Rami Malek, Chris Rock, Zoe Saldana, Michael Shannon e Mike Myers! "Amsterdam" é ambientado na década de 1930 e conta a história de uma grande amizade e um assassinato que pode ameaçar a vida dos protagonistas e abalar toda uma sociedade. A trama policial segue três amigos íntimos: dois soldados e uma enfermeira (Christian Bale, John David Washington e Margot Robbie), que fizeram um pacto no passado, de sempre se protegerem enquanto trio, não importa o que aconteça. Mas, eles se perdem no centro do caso de um assassinato, do qual se tornam os principais suspeitos. Para provar que não estão envolvidos na morte, o grupo contará com a ajuda de aliados para tentar investigar o crime, e assim se proteger e enfrentar o verdadeiro assassino. O longa chega na temporada com expectativa de Oscar e não é atoa. O diretor conseguiu por dois filmes seguidos ("O Lado Bom da Vida" e "Trapaça") a façanha de ser indicado nas categorias principais do Oscar. As quatro de atuações, direção e Melhor Filme. Como esperado, o elenco tem ótimos momentos, principalmente o trio principal: Bale, Washington e Robbie. Personagens divertidos e situações cômicas seguram o filme e o público até o final. Mas, apenas isso, porque a trama e o roteiro de David, deixam a desejar. O que poderia ser visto como um roteiro estiloso e inteligente, a crítica viu como enrolação desnecessária, que não vai pra lugar algum. David teve alguns grandes acertos e é muito querido pela Academia, com três indicações em direção e duas em roteiro. Vamos ver como vai ser com "Amsterdam". O ambicioso quebra-cabeça de David é quase impossível de seguir! O último filme de David O. Russell é um desastre repleto de estrelas! Completamente carente de inteligência e sem nenhum senso de direção, é uma seca cinematográfica de entretenimento. Pode não ser o pior filme do ano, mas com certeza é o mais chato. Amsterdam deveria parecer inebriante, mas é exaustivo! O diretor tem dificuldades em amarrar tudo. Em grande parte de “Amsterdam”, a mais recente experiência de David O. Russell, o filme ziguezagueia agradavelmente, correndo aqui e ali, embora às vezes também apenas girando no lugar. É uma bela brincadeira de época, um pastiche maluco dos anos 1930 cheio de artistas e assaltantes que encantam e seduzem enquanto correm perseguindo um mistério, brincando de detetive, tropeçando em seus pés e navegando em uma conspiração internacional que é melhor aproveitada se você não levar a sério e se deixar distrair – que parece ser a abordagem que o próprio Russell adotou. O poder de estrela de Margot Robbie não pode salvar este thriller emaranhado. Há pouco talento nos diálogos, e os floreios muitas vezes parecem suspeitosamente como esparadrapos , enquanto a conspiração central em si não é complexa, mas apenas implacavelmente contornada. Amsterdam pode abranger 15 anos de história, abranger dois continentes e lançar inúmeras subtramas, mas torna-se cada vez mais difícil afastar a sensação de que você está assistindo a uma ideia muito enrolada. O problema é que em vez de se perguntar quais partes são verdadeiras e quais inventadas, é provável que se perguntem: “O que diabos está acontecendo?” para a maior parte de 134 minutos. ![]()
AUTOR DO POST
Danilo Teixeira
Editor do Termômetro Oscar | CETI
0 Comentários
Deixe uma resposta. |
Categorias
Tudo
|