Festival de Veneza 2019: "O Primeiro Homem" de Damien Chazelle confirma favoritismo ao Oscar 2019!30/8/2018 O Festival de Veneza abre as portas do Oscar 2019! Antes de mais nada, vale lembrar de que o vencedor do ano passado no festival foi "A Forma da Água" - que também venceu o Oscar de Melhor Filme. Esse ano, quem começa o festival é Damien Chazelle! Que já esteve com o filme de abertura dois anos atrás com "La La Land" - vencedor de 6 Oscar e que saiu de Veneza com o prêmio de Melhor Atriz para Emma Stone, que também foi vencedora da Academia. Inclusive, esse é um dos maiores desafios de Chazelle, o longa "O Primeiro Homem" tem a tarefa muito díficil de ser o sucessor do musical de sucesso e de consolidar a carreira do diretor. "O Primeiro Homem" coloca Ryan Gosling no papel de Neil Armstrong, num filme sobre o primeiro homem a pisar na lua. O elenco de apoio é de peso: Claire Foy, Kyle Chandler, Jason Clarke, Pablo Schreiber, Corey Stoll, Christopher Abbott e Jon Bernthal. O THR foi muito claro em sua opinião logo no começo do filme: "Não pode haver dúvida sobre o resultado do drama de Damien Chazelle sobre a missão Apollo 11 da NASA em 1969, que fez história ao colocar astronautas na Lua depois de uma série de tentativas e erros. Por isso, todos os elogios para o cineasta em conduzir Ryan Gosling em um ótimo desempenho e fazer esse filme com envolvimento emocional, tensão visceral e, até mesmo, suspense, além de uma qualidade técnica impressionante". Sobre os atores, o THR exaltou o trabalho de Claire fora de todos os clichês esperados para o tipo de filme, mas falou também que o elenco masculino com os astrounatas é muito bom, mas de forma única como se funcionasse melhor como uma unidade coesa, do que como personagens individuais. Por fim, outro ponto interessante ressaltado pelo veículo, é a forma como é o filme é abordado sem nacionalismo ou uma sensação de heroísmo. As dificuldades estão presentes, os personagens sofres e em nenhum momento parecem que são super heróis americanos. O The Guardian entregou 4 estrelas em 5 e elogiou Gosling: "Ryan dá uma performance inteligente e calculada, um homem calmo e contido, sem parecer deixar transparecer fisicamente suas emoções. O filme sugere que esta ausência de um ponto de ebulição humano normal é vital para o seu sucesso: ele permanece frio e focado na nave espacial e na missão, sob condições que reduziriam a maioria das pessoas a um pânico absoluto". Mas, o The Guardian falou sobre onde o filme perde pontos: "O ponto é que toda a tragédia, o fracasso e os argumentos controversos são um processo de purificação sacrificial: uma remoção da imperfeição até a chegada do grande evento. Como Armstrong diz: "Precisamos falhar agora, então não falhamos depois". Lembrei-me do professor de música interpretado por JK Simmons no filme de Chazelle de 2014, "Whiplash", mas "O Primeiro Homem" não tem a mesma ambiguidade: aqui, não há debate sobre a busca pelos mais altos padrões. A direção narrativa do filme nos afasta da dificuldade para o grande momento sublime, e então... acabou. O final tem um impacto retumbante, mas levanta a questão: qual foi o objetivo?". Já a Variety entregou duas comparações interessantes entre tantos elogios: "Chazelle sabe que a história do programa espacial da NASA já foi contada antes (de maneira bem memorável, em seu modo, em “The Right Stuff”). Assim, sua estratégia audaciosa é fazer um filme tão revelador em seu realismo, tão arrojado em sua fisicalidade, que se torna um drama de perigo e obsessão infernalmente emocionante (...) Chazelle restringe a ação quase inteiramente ao ponto de vista dos próprios astronautas: as coisas que eles literalmente vêem e ouvem durante suas missões (o filme evita tomadas panorâmicas do que eles não enxergam), junto com o que eles estão pensando e sentindo. Da vertiginosa e volátil seqüência de abertura, na qual Armstrong, como piloto de testes em 1961, sobe um X-15 até as nuvens, rasgando o ar a ponto de quase não poder voltar, o filme é amarrado a tudo que os homens experimentam: os pedaços aleatórios do céu surgindo de janelas apertadas, os ângulos de pernas para o ar, todo o zoom dentro do cockpit - e toda loucura visual que isso pode trazer. Impulsionado pela cinematografia leve de Linus Sandgren e pela edição hipnótica de Tom Cross, "O Primeiro Homem" é tão imersivo em sua autenticidade que faz um drama espacial como "Apollo 13" parecer um teatro de marionetes". A segunda compara foi ainda mais interessante: "O Primeiro Homem" tem a mesma relação com os dramas espaciais que vieram antes que "O Resgate do Soldado Ryan" fez com os filmes de guerra anteriores. O filme redefine o que a viagem espacial é - a maneira como ela vive dentro de nossas imaginações - captando, pela primeira vez, o quão alta eram essas apostas". Chazelle conseguiu outra vez e "O Primeiro Homem" pode sim ser esperado no Oscar 2019! Muito provavelmente em muitas categorias técnicas e com boas chances para Melhor Diretor e Melhor Ator (para Ryan Gosling). Ainda sobre a exibição, o filme foi aplaudido de pé por 3 minutos e muito bem elogiado por todo o júri presente. Foi um ótimo começo de temporada!
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