O fim de semana nos trouxe algumas ótimas estreias e algumas apostas interessantes para o Oscar 2020. Seguimos com o Festival de Veneza e agora vamos falar da estreia de "Coringa". O longa de Todd Phillips se passa em 1981, em meio a uma onda de violência e a uma greve dos lixeiros que deixou a cidade imunda, o candidato Thomas Wayne (Brett Cullen) promete limpar a cidade na campanha para ser o novo prefeito. É neste cenário que Arthur Fleck (Joaquin Phoenix) trabalha como palhaço para uma agência de talentos, com um agente social o acompanhando de perto, devido aos seus conhecidos problemas mentais. Após ser demitido, Fleck reage mal à gozação de três homens de Wall Street em pleno metrô e os mata. Os assassinatos iniciam um movimento popular contra a elite de Gotham City, da qual Thomas Wayne é seu maior representante. A grande expectativa do filme é a respeito da possibilidade de Phoenix ser indicado ao Oscar por seu trabalho. Principalmente pela atuação de Jared Leto no papel ser considerada tão decepcionante depois do trabalho de Heath Ledger. Devido ao tamanho da estreia e sabendo das expectativas que o filme carrega, resolvemos trazer mais reviews do que o convencional. A Forbes defende "Coringa" como um dos melhores filmes do ano: "Coringa' é uma conquista incrível que certamente agradará os fãs do personagem e do gênero dos super-heróis, bem como os espectadores comuns que procuram um filme fantástico para o público adulto". A Empire também enaltece o longa: "Devastador e absolutamente bonito, Todd Phillips e Joaquin Phoenix não apenas reinventaram um dos vilões mais emblemáticos da história do cinema, como também reinventaram o próprio filme de quadrinhos". A Variety escreveu que Phoenix está 'espantoso', e que é "um raro filme de quadrinhos que expressa o que está acontecendo no mundo real". O The Guardian deu a nota máxima e escreveu que o filme pode ser brevemente baseado em alguns quadrinhos, mas que a fonte máxima são longas de Martin Scorsese como 'O Rei da Comédia' e 'Taxi Driver'. Aliás, é interessante lermos sobre isso: "Que filme gloriosamente ousado e explosivo é o 'Coringa'. É um conto quase tão distorcido quanto o homem em seu centro, cheio de idéias e voltado para a anarquia. Tendo saqueado descaradamente os filmes de Scorsese, Phillips modela os ingredientes roubados em algo novo, de modo que o que começou como uma alegre sessão de cosplay se torna progressivamente mais perigoso - e de alguma forma mais relevante também". O THR fala sobre a importância social do personagem no filme mais político dessa leva de filmes de heróis: "Joaquin Phoenix, nunca melhor, pinta o famoso sorriso maníaco com seu próprio sangue em um memorável momento climático de renascimento messiânico, o que é mais digno de nota sobre essa entrada corajosa no cânone da DC e a performance sensacional do ator principal é o pathos que ele traz a um caráter pateticamente desprovido de privilégios - assim como inúmeros outros em uma metrópole em que o abismo social que separa os que têm dos que não têm se tornou um poço de raiva incendiária". "Coringa" foi aplaudido por 8 minutos ao final da sessão. Os burburinhos de Oscar são reais, principalmente para Phoenix, que parece ter entregue outro papel memorável em sua carreira. Depois dessa estreia, podemos esperar uma campanha gigantesca para o longa chegar nas premiações. Danilo Teixeira - equipe CETI!
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