Com destaque para a atuação dupla de Tom Hardy como gêmeos gângsteres, “Legend” estreia no TIFF e permanece como uma boa indicação cinematográfica. Dirigido por Brian Helgeland e baseado em fatos reais, “Legend” acompanha a entrada dos irmãos Reggie e Ronald Kray ao submundo dos poderosos mafiosos londrinos da década de 60. O filme, de acordo com críticas pontuais do evento, oscila entre cenas extremante violentas e quebras humorísticas para construir os perfis psicopatas dos gêmeos, mas não se sustenta com este apelo ao longo das mais de 2h de duração, tornando-o inconsistente e cansativo. Assim como alguns espectadores se incomodaram com o estilo de direção de Helgeland em “Legend”, o uso de menções a outros filmes de gângsteres e a reprodução de cenas semelhantes, principalmente de “Os Bons Companheiros”, gerou controversas entre os críticos, que tiraram o mérito da produção. Apesar disso, as opiniões sobre a atuação de Tom Hardy foram unânimes: ele traz vida ao longa, por vezes até ofusca seus companheiros de elenco: We Got This Covered – “Hardy demonstrou sua capacidade de brilhar em papéis principais que vão desde o excêntrico Bronson ao expressivo e contido Locke, ao mesmo tempo mantendo a tendência de roubar a atenção do público em papéis coadjuvantes em filmes como A Origem e Os Infratores. Aqui, ele tem a oportunidade de fazer as duas coisas ao mesmo tempo: como Reggie temos um homem de liderança desempenhado com charme suficiente para fazer o personagem crível e magnético, enquanto Ronnie é o ladrão de cena, provocando risos de sua maneira desajeitada e sem corte, às vezes socialmente honesto e imprudente.” Joblo – “Hardy é realmente todo o show aqui, ele é muito bom. Das duas performances é difícil determinar qual é melhor. Ronald é a parte mais voyeur, com ele claramente deleitando-se em psico-ticks de Ronnie, a homossexualidade sem remorso (com Taron Egerton como seu amante) - que ele usa para desarmar alguns associados mais conservadores - e lapsos maciços de violência. Mas, ele é ‘assistível’ como o Reggie, mais suave, que representa uma figura quase Bond do submundo, deliciando-se com o estilo e o privilégio que sua vida lhe oferece, mas cuidado com esquemas malucos de Ronnie, como uma ideia de construir sua própria cidade na Nigéria.” Collider – “Na verdade, mais do que alguns momentos de Legend são envolventes, mas o filme não sabe para onde está indo e, em mais de duas horas de duração, torna-se um golpe absoluto em sua meia volta. É claro desde o início que Helgeland está tentando fazer sua própria versão de Os Bons Companheiros, completo com uma longa tomada sem inspiração em uma boate e a voz sobre narração de Browning.” The Wrap - “Esta é uma história de horror de laços de sangue que foi banhada do sangue de outros. E enquanto Hardy faz Ronnie Kray parecer como um desenho animado em um momento e, em seguida, dar-lhe uma nuance inesperada, o filme em si não gerencia o truque tão habilmente.” Mesmo com opiniões diversas, “Legend” tem uma plot interessante e pontos que justificam suas 4 (de 5) estrelas como média geral, tanto para o lado positivo como negativo. Vale esperar por sua estreia nos cinemas. Por enquanto, o longa parece não ter calibre para uma temporada de premiações, mas isso pode mudar com a atuação dupla de Hardy, que pode colocar como uma incógnita na disputa. Não há previsão de data de lançamento para o Brasil. Giovanna Pini - Colaboradora do CETI
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