“Tudo bem se vocês rirem,” disse Ridley Scott antes que o filme começasse na première no Festival de Toronto. O diretor conhecido por sucessos como “Alien,” “Blade Runner,” e o premiado “Gladiador,” trouxe para as telas de cinema o longa “Perdido em Marte” (The Martian). Ao que tudo indica este último não ficou para trás, e Scott conseguiu manter a impecabilidade na execução que já lhe parecia característica. O longa conta a história do astronauta, Mark Watney, interpretado por Matt Damon, que foi deixado sozinho em Marte, enquanto sua equipe acredita que ele esteja morto. A história fica dividida entre Mark tentando se manter vivo no inóspito planeta. E como um botânico, cujo trabalho era descobrir se plantas poderiam crescer em uma atmosfera tão pobre, Watney, se vê obrigado a encontrar uma forma para que isso aconteça realmente, uma vez que é disso que depende a sua própria sobrevivência. E os esforços da Nasa, uma vez que se descobre que ele está vivo, para que seja possível resgatá-lo. Falando assim, pode parecer que você já viu essa história, mas segundo as críticas, não contada dessa maneira. Elogios para o desenrolar emocionante do filme, o elenco, que não tem nada de reduzido, com Jessica Chastain, Michael Pena, Kate Mara, Jeff Daniels, Sean Bean, Chiwetel Ejiofor, Donald Glover, Mackenzie Davis e Kristen Wig, e a direção de Scott que manteve um filme que provavelmente levará pessoas ao cinema em busca de uma nova Sandra Bullock de “Gravidade,” original, e bem diferente do que se espera de prontidão apenas pela sua sinopse. A crítica do The Wrap, feita por Steve Pond citou o elenco e a forma como o diretor direcionou os papéis: “Todos tiveram ótimas oportunidades, e todos souberam exatamente o que fazer com elas.” E ainda defendeu o estilo do filme para um possível Oscar “É possível que os prazeres de um filme pipoca como “Perdido em Marte” trabalhe contra ele quando o momento das premiações chegar, com alguns votos talvez optando por trabalhos evidentemente sérios. Mas Scott tem coisas sérias em sua mente aqui, produzindo um conto cujos heróis usam o poder do cérebro ao invés da força bruta para superar obstáculos impossíveis.” A crítica do The Guardian, por Henry Barnes deu ao filme três estrelas e iniciou a matéria com “Da escuridão veio algo que pensávamos nunca mais ver: um filme decente de Ridley Scott” E finalizou elogiando o suspense do filme “Com Alien, Scott foi ao espaço e encontrou terror. Com Prometheus ele volta tendo capturado algo terrível. “Perdido em Marte” flutua entre esses dois. Não é fantástico, de nenhum dos jeitos, mas mostra um senso de interpretação. Para um sobrevivente, é na verdade bem fraco em riscos (você nunca acredita que o deserto Jordano, onde o filme foi filmado é Marte), mas ele não perde em emoção.” Em matéria para o Variety, Peter Debruge, exaltou o trabalho de Scott ao unir o que acontece ao astronauta em Marte e todo o trabalho que se tem na Terra para tentar trazê-lo de volta “Perdido em Marte,” serve como uma homenagem épica aos nerds – uma celebração widescreen da inteligência humana em um gênero que frequentemente engrena com velocidade. E mesmo que Watney possa estar abandonado em Marte, ele está nada mais nada menos que sozinho com as melhores mentes da terra trabalhando extra para trazê-lo para casa – se ao menos ele pudesse descobrir como se comunicar com os caras da Houston Johnson Space Center. Nada une mais as pessoas desse planeta como uma viagem para oespaço, e Scott consegue alternar bem entre a sobrevivência sol-a-sol de Watney em Marte com o impacto unificador que seu potencial resgate tem na Terra, onde expectadores de TV seguem todo o desenrolar da história e os Chineses até utilizam de um programa secreto no espaço para ajudar.” Assim como os últimos filmes do gênero que apareceram na corrida do Oscar e inclusive venceram, tal qual o caso dos mais recentes, "Gravidade" e "Interestelar", “Perdido em Marte” pode reservar um lugar em 2016 - principalmente em categorias técnicas. Com críticas calorosas a respeito de sua humanidade, com elenco equilibrado e direção elogiada, é bom ficar de olho, o longa estreia nos cinemas brasileiros em 1 de outubro. Aline Anzolin - Colaboradora do CETI
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