Jason Bateman, trouxe para as telas do festival de Toronto, mais um drama familiar, adaptado do livro de Kevin Wilson, estrelado e dirigido por ele próprio, contando ainda no elenco com Nicole Kidman, Cristopher Walken e Marin Ireland. “The Family Fang” mostra como a linha entre a vida real e arte pode ficar embaçada. O longa conta de maneira engraçada e com um estudo ressonante do que significa crescer em uma família onde tudo é uma performance. Annie (Nicole Kidman) e Baxter (Bateman) passaram a maior parte de sua vida adulta tentando chegar o mais longe possível de seus pais, Caleb (Christopher Walken) e Camille Fang (Maryann Plunkett). Os já idosos Fang, conseguiram sucesso e controvérsia por seu provocativo trabalho corporal, o qual, pelos últimos 45 anos, envolveu tudo desde falsos roubos a bancos até incidentes de perseguição a crianças artistas de rua. Quando o Jornalista Baxter tem um ferimento na cabeça em um acidente em um potato-cannon, ele acaba involuntariamente aos cuidados de seus pais. Annie vai em sua salvação – e também para confrontar o Senhor e a Senhora Fang de uma vez por todas por toda loucura de sua vocação – mas os irmãos são jogados em uma reviravolta quando Caleb e Camille repentinamente somem, e sua falta é suspeita. Seu desaparecimento é genuíno e motivo de alarde ou apenas outra pegadinha oportunista? Apesar de algumas críticas controversas, “The Family Fang” pareceu agradar sempre em algum ponto, e trazer uma história familiar irreverente, com drama, equilibrado pela comédia, e também um trabalho de edição e sincronia bastante complicado, que provavelmente dividirá opiniões. O TIFF elogiou a adaptação do best seller de Kevin Wilson “Galvanizado por complexas, carismáticas performances, o filme usa uma dinâmica familiar extraordinária como meio de soar como problemas de famílias comuns por todo canto.” IndieWire criticou algumas falhas de transição do filme, porém foi só elogios para o elenco “O que faz “The Family Fang” uma história tão intrigante e original é que disseca a definição de arte e do processo criativo, enquanto mantém seu coração batendo firmemente entre os laços de dois irmãos. [...] Se pelo menos a execução não fosse tão bagunçada em partes, “The Family Fang” seria ainda melhor. As idas e voltas do tempo se transformam desorientadoras em certo ponto um grande ponto de roteiro é revelado da maneira mais boba, e Bateman adiciona muita ênfase a mais de uma montagem desnecessária. Basicamente, o filme poderia se virar com uma visita final a sala de edição, desde que as performances não ficassem adulteradas por isso. Kidman, Walken e Bateman são particularmente formidáveis. Kidman desaparece no personagem, provando novamente que ela está em seu melhor quando não interpretando personagens que parecem maiores que sua própria vida. Bateman deu a si mesmo o papel familiar do cínico negativo mas carrega isso com muito peso emocional que você não verá chegando. E Walken está praticamente em controle, tendo uma explosão, até que ele adicione uma profundidade delicada em algumas mudanças cruciais.” Ao contrário, Variety elogiou o trabalho de edição “Trabalhando com o editor Robert Franzen, Bateman ingenuamente adiciona clipes daquelas antigas performances artísticas (um mix de formatos de 8mm e 16mm) durante o filme, e elas se provam maravilhosamente iluminantes – não trazendo pistas para futuros desenvolvimentos de narrativa, mas também dando-nos vislumbres frequentemente hilariantes, algumas vezes tristes de como deve ter sido crescer com pais como esses.” The Wrap elogiou mais uma vez o trabalho de Christopher Walken “O filme é algumas vezes estranho mas frequentemente uma história famíliar vencedora, que transita entre cenas dramáticas entregues por Nicole Kidman e Bateman, e um estilo excêntrico e cômico de Christopher Walken, que rouba todas as cenas das quais participa.” O THR trouxe à tona o desempenho da equipe técnica do filme “A forma que Bateman lida com o tom é exemplar, requer constante modulação em um filme que se mantém indo para frente e para trás no tempo, em imprevisíveis ainda que fluídas direções e em águas turbulentas de emoções. Ele também se cercou com um talentoso time. Beth Mickle na produção de arte e Amy Westcott no figurino trouxeram uma qualidade de quem vive para isso a tempos, enquanto a inserção de diversos vídeos providencia um grosseiro contraste para com os outros trabalhos do diretor de fotografia Ken Seng, geralmente com composições clássicas, em cenas contemporâneas.” Mesmo com algumas imperfeições, a média do filme foi interessante, e é bom lembrar que Nicole Kidman não havia se encontrado tão bem assim em seus últimos trabalhos, e essa pode ser uma oportunidade de destaque para a atriz nas premiações, assim como para Walken, que foi muito elogiado por todos, diante de seu personagem cômico que ele soube controlar com a dose emocional correta. Por enquanto, o longa não tem data de previsão para lançamento nos EUA. Mas tudo indica que o longa pode ter sua estreia em 2016, com essas críticas sabemos que pode ser uma surpresa na temporada de premiações. Aline Anzolin - Colaboradora do CETI
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