Depois de Eddie Redmayne estrear em Veneza com “A Garota Dinamarquesa”, e mostrar que está na corrida pelo seu segundo Oscar de melhor ator consecutivo, é a vez de Julianne Moore estrear em Toronto e com um filme que tem tanto a dizer, quanto o trabalho de Eddie. O filme é “Freeheld”, de Peter Sollett. Julianne faz Laurel, uma policial que está em relacionamento sério com a mecânica Stacie (Ellen Page). O mundo delas desmorona quando Laurel é diagnosticada com uma doença terminal. Ela quer que Stacie receba os benefícios da pensão da polícia após a sua morte, só que as autoridades se recusam a reconhecer a relação homoafetiva. O longa é baseado em um documentário que venceu o Oscar de melhor documentário em curta metragem em 2008, que mostrava os últimos dias de Laurel, e a batalha judicial para que ela e Stacie fossem aceitas como um casal. Além das duas atrizes, o filme conta também com Michael Shannon e Steve Carell. Um elenco que tem tudo para chamar a atenção da academia. Mas, parece que não foi bem assim. “Freeheld” acabou sendo bem criticado, o que deve prejudicar o filme nas premiações. Confira: Gregory Ellwood, do Hitfix, escreveu: “Nada é mais desanimador do que escrever um comentário negativo sobre um filme com intenções admiráveis. Infelizmente, um elenco impressionante e eventos significativos da vida real não podem mudar o fato de que é um filme mal feito”. Pelo menos as atrizes principais são elogiadas: “Moore está muito bem retratando a deterioração física de Laurel e fornece ao filme o seu momento mais pungente durante uma reunião do município. Page dá um desempenho apaixonado de uma mulher que simplesmente não quer acreditar que seu parceiro não vai sobreviver. E, felizmente, a dupla tem uma química maravilhosa na tela, que pelo menos faz com que a maioria de suas cenas seja assistível”. David Rooney, do THR, crítica Julianne: “Depois de ganhar um Oscar por interpretar uma mente acadêmica brilhante sob o cerco cruel em “Para Sempre Alice”, aqui ela interpreta uma mulher forte que endureceu contra qualquer exibição de vulnerabilidade em um mundo profissional muito masculino, mas que se torna impotente diante da doença física. É uma performance comovente, os olhos assombrados, o corpo magro, rosto pálido e a perda de cabelo pós-quimioterapia. Mas a trajetória angustiante se sente como um replay de uma variação de algo que já vimos dela, muito recentemente e em uma versão superior”. Rodrigo Perez, do The Playlist: "O terceiro ato é o lugar onde Julianne faz o seu melhor trabalho e onde "Freeheld" tem seus momentos mais comoventes, mas eles também são emocionalmente manipuladores e duvidosos. Os outros atores não se saem muito bem – nem vamos falar de Steve Carrell como o fundador de um grupo LGBT, já que suas tentativas de leviandade são terríveis. O mais estranho de "Freeheld" é que Ellen Page é largamente reduzida ao papel de namorada preocupada. Shannon, pelo menos, tem um arco de personagem, mas o pouco de seu diálogo é tão pobre que provoca o riso involuntário”. Steve Pond, do The Wrap, acabou fazendo um dos comentários mais positivos: “No final, o documentário de Wade (vencedor do Oscar em 2008) é o trabalho essencial da luta de Laurel Hester para a igualdade. Mas "Freeheld", de Sollett, é uma tentativa honrosa, principalmente para apresentar essa história para um público mais amplo. Não é um grande filme, mas é uma grande história contada com afeto e coração”. “Freeheld” se torna mais distante da temporada de premiações, talvez Julianne Moore e Page possam se salvar e conquistarem indicações, mas essa má recepção tende a tornar o filme desapercebido pela Academia. O longa estreia em 8 de outubro nos cinemas brasileiros. Danilo Teixeira - equipe CETI!
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