Depois de Jake Gylenhaal brilhar com “Demolition,” e os documentários “Hitchcock/Truffaut” e “Where to Invade Next?”abrirem passagem, chegou a vez do Festival de Toronto nos presentear com um suspense. “Eye in the Sky” – dirigido por Gavin Hood – trás um elenco de força, que conta com Aaron Paul, no auge de sua carreira, após o sucesso de Breaking Bad, Alan Rickman, que ficou eternizado como Severus Snape na saga Harry Potter, além de Hellen Mirren, que já levou uma estatueta para casa por "A Rainha", Ian Glen (Game of Thrones), Barkhad Abdi (indicado por "Capitão Philips"), Kim Elgerbrecht (Dominion) e Phoebe Fox (Um dia). Só o peso de seu elenco já consegue convencer muita gente a ir aos cinemas para assistir ao longa, mas será que essa impressão se manteve para os críticos após acompanhar a estreia de “Eye in The Sky”? Escrita por Guy Hibbert, a história conta sobre o objetivo da Operação Britânica Cobra, que é capturar Aisha Al Hady (Lex King), um cidadão britânico radicalizado que se juntou ao grupo terrorista somaliano Al Shabab. Mas seu objetivo de captura acaba se modificando para um objetivo de morte, quando a indomável Coronel Katherine Powell (Hellen Mirren), que vinha perseguindo Al Hady há anos, descobre que Al Shabab está planejando ataques suicidas. Então, o operador de drones, Steve Watts (Aaron Paul) coloca como seu alvo o esconderijo de Al Shabab, mas reporta a Londres que uma garota de nove anos de idade entrou na zona de morte. A questão principal do filme passa a ser essa, se mesmo um alvo tão valioso valeria a pena, quando seu fim dependeria da morte de uma cidadã inocente, e se esse ato, que potencialmente pode gerar uma queda politica, vale o risco. Respondendo a pergunta do inicio: sim, os críticos pareceram se manter animados com o longa. Não apenas por seu elenco renomado, mas também pela sua trama. O prórpio festival fez elogios: “Um olhar fascinante sobre como nossos líderes manejam a guerra agora, “Eye in the Sky” nos leva para salas de controle, containers de navios onde são tomadas decisões militares que poderiam resultar na morte de pessoas que estejam milhares de quilômetros distantes. Estrelando Hellen Mirren, Aaron Paul, e Alan Rickman, o diretor de Tsotsi, Gavin Hood é enormemente pertinente e assustadoramente divertido.” O papel forte de Hellen Mirren foi lembrado pelo The Guardian “Mirren é confiavelmente firme e é aliviante vê-la em um papel como esse, interpretando uma personagem que, em uma versão mais Hollywoodiana, seria sem sombra de dúvidas interpretada tanto por uma mulher jovem, quanto por um homem.” E o trabalho de Gavin Hood não ficou para trás nas críticas “Enquanto é muito esperado de Hood, que ele adicione muito estilo ao exagerado cenário de apenas uma sala, ele nos posiciona de frente a suspense em um numero de sequencias de bravura. Sem esforços ele troca de continente e mantém autenticidade em cada um, explode a tensão enquanto a moralidade posta contra a necessidade com decisões rápidas, ainda que fatídicas, sendo tomadas. A complexidade e burocracia desses momentos soa frustrantemente real.” A crítica do Variety citou Barkhad Abdi e sua atuação “O conjunto do elenco é excepcional em todos os sentidos, com destaque para a performance de Barkhad Abdi, que faz uma atuação atraente, com pouquíssimo diálogo, como um agente secreto que percebe que cada momento que passa pode ser seu último enquanto ele continua assistindo o local de encontro dos terroristas.” Além de considerar a preocupação da direção e do roteiro para com a humanização de seus personagens, Joe Leydon, ao escrever para o site ainda citou os efeitos especiais e a direção de arte: “O diretor de arte Johnny Breedt e o supervisor de efeitos especiais Mickey Kirsten, tornam maior o geral da credibilidade aérea do filme, representando a alta tecnologia procurando e destruindo.” A forma como Aaron Paul transmite a emoção em seu papel também foi marcada na crítica do THR: “A angustia moral que vemos nos olhos de Paul e seu atraso para seguir seu curso não poderiam ficar distantes da alegria popularmente associada a matar por um controle remoto.” Parece que o suspense de Hood conseguiu encontrar a simetria perfeita e encaixar um bom elenco a uma boa direção e roteiro. O que pode trazer gratas surpresas no Oscar 2016, em categorias como melhor ator coadjuvante para Barkhad Abdi, Direção, e mesmo Efeitos Especiais. Mas também pode ficar de fora da corrida, já que a produção ainda não tem um distribuidor nos EUA, ou seja, a produção também é de alto risco de investimento. Contudo, isso pode mudar com sua exibição no Festival. Vamos aguardar! “Eye in the Sky” ainda não tem data de estreia prevista para o Brasil. Aline Anzolin - Colaboradora do CETI
0 Comentários
Deixe uma resposta. |
Categorias
Tudo
|