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O segundo dia de Cannes abre a competição, com dois filmes interessantes: "Wild Diamond" e "The Girl With the Needle", mas todos os olhos estão voltados para "Furiosa", o novo filme da saga Mad Max, de George Miller!
"WILD DIAMOND"
Abrimos o dia com "Wild Diamond", filme de estreia da francesa Agathe Riedinger, protagonizado também pela estreante Malou Khebizi.
O longa fala sobre Liane, 19 anos, que mora com a mãe e a irmã em Fréjus, no sul da França. Consumida por aspirações de beleza e estrelato, ela faz testes para um reality show chamado "Miracle Island". O filme é considerado, até de uma forma uma pouco óbvia, um retrato da geração TikTok, entre o desejo da fama e a superficialidade de tudo isso. Mas, o mais interessante, é o quanto a direção de Agathe foi elogiada. Mesmo com notas críticas medianas, o trabalho dela na direção foi elogiado em todos os lugares, que dizem que esse é o começo de uma grande diretora. Então, vamos ficar de olho também. A estreante Agathe Riedinger está trazendo a energia TikTok para esta história de uma aspirante a influenciadora - mas a diretora também está trazendo um pouco de realismo social da velha escola, exercendo sua atração gravitacional descendente. O resultado é direto e fluente e interpretado ferozmente por uma protagonista recém-chegada que, no estilo consagrado de filmes como este, é desafiadora, vulnerável e está na frente e no centro de quase todas as cenas. Mas às vezes também anda na água em termos de narrativa, ficando sem ideias antes do fim, e a sua ambiguidade final parece anticlimático. Wild Diamond apresenta observações belas e francas sobre a cultura dos influenciadores, mas luta para se afirmar narrativamente. Há momentos em que a beleza do projeto pode parecer uma distração de sua história tênue. Liane passa por várias situações, algumas das quais parecem planejadas para facilitar a jornada desde o início seguro até o final revigorante e diferente. A revelação fascinante de “Wild Diamond” é que a diretora e roteirista estreante do filme, Agathe Riedinger, conta essa história com uma clareza e um poder dramático digno de Andrea Arnold ou dos irmãos Dardenne (ou, de uma forma mais leve, da Sofia Coppola de “The Bling Ring”). Ela trabalha em uma combinação estonteante de adoração e ódio. É o começo de uma grande cineasta. A estreia de Agathe impressiona! "THE GIRL WITH THE NEEDLE"
Se por um lado temos uma estreante, pelo outro temos Magnus von Horn, que chega pela segunda vez em Cannes. A primeira foi em 2015 com "The Here After". O diretor é um velho conhecido de festivais, com passagens por Londres, Locarno, Chicago e até no Festival de São Paulo.
O filme se passa em 1919, onde uma jovem trabalhadora fica desempregada e grávida. Até que ela conhece Dagmar, que dirige uma agência clandestina de adoção. O longa é protagonizado por Vic Carmen Sonne, e inclusive, já precisamos falar da atriz, que é um primeiro nome que se desponta no Festival. Entre tantos elogios, o filme já entra na lista daqueles que podem sair daqui com algum prêmio. E isso já é um alerta para a temporada. "The Girl With the Needle" foi chamado de devastador, visualmente impressionante e com uma trilha sonora deslumbrante. Olha, a competição já tem um nome a ser batido! Ah, e provavelmente, já temos um nome forte para a Dinamarca escolher para o Oscar 2025. Magnus von Horn e Vic Carmen Sonne fazem um filme devastador em um drama histórico assustador, com uma trilha sonora matadora e visuais impressionantes! Uma linguagem visual magistral trabalha com o roteiro de von Horn e Line Langebek Knudsen para extrair um humor existencial absurdo de cada cenário. Vic Carmen Sonne é uma presença surpreendente – olhos redondos e atentos e silêncios atordoados enquanto ela absorve cada nova reviravolta do destino. Karoline é uma mulher presa a cada momento que se desenrola, incapaz de planejar além do próximo passo necessário para sobreviver. No entanto, ela está viva e suas emoções ancoram os horizontes em constante mudança da narrativa. O pesadelo expressionista de mulheres abandonadas pela sociedade estreia na Competição de Cannes como uma viagem aterrorizante às margens sociais da Dinamarca pós-Primeira Guerra Mundial. O extraordinário e perturbador novo filme de Magnus von Horn – um conto de fadas adulto abundantemente povoado de bruxas e miseráveis, mas onde a sociedade se revela como o verdadeiro monstro. Como um daqueles nós diabólicos que se apertam quanto mais você se contorce, o filme chega a um clímax devastador. A atriz dinamarquesa Vic Carmen Sonne, oferece uma atuação discreta, mas multifacetada, como Karoline. Filmado digitalmente, em preto e branco e usando uma proporção claustrofóbica de 3:2 pelo diretor de fotografia em ascensão Michal Dymek (A Real Pain, EO), o filme tem a postura assombrada e assustadoramente imóvel das fotografias antigas, uma estética que encantará os cineastas, mas pode provar comercialmente difícil de vender, especialmente dada a gravidade do assunto. "FURIOSA: UMA SAGA MAD MAX"
Agora precisamos falar de "Furiosa". Alguns anos atrás, George Miller chegou em Cannes com "Mad Max: Estrada da Fúria" e simplesmente impressionou a crítica e se tornou um sucesso absoluto de público, vencendo 6 Oscars meses depois.
Miller volta para Cannes para contar a história da ótima personagem Furiosa, que acabou roubando toda a atenção do filme anterior. E, como esperado, o diretor acerta em cheio. As críticas são muito boas, exaltando o ótimo trabalho da protagonista Anya Taylor-Joy e de Chris Hemsworth como vilão. O trabalho técnico é mais uma vez deslumbrante, com a mesma equipe vencedora do Oscar por "Estrada da Fúria", fazendo mais algumas cenas de tirar o fôlego. Inclusive, o roteiro aqui foi elogiado, com críticos dizendo ser a melhor história da franquia. George Miller acertou mais uma vez, nos resta saber se vamos ter mais um arrasa quarteirões da temporada de prêmios! Furiosa leva a franquia distópica a novos níveis! Este é o melhor roteiro de qualquer filme Mad Max, com muito a dizer. Em termos de produção, Miller reuniu a banda novamente, incluindo os vencedores do Oscar: o designer de produção Colin Gibson, a editora Margaret Sixel, a figurinista Jenny Beavan, o mago de maquiagem e cabelo Lesley Vanderwalt e o guru do som Ben Osmo. Simon Duggan se junta à equipe com um trabalho de câmera excepcional, e a trilha sonora de Tom Holkenborg é simplesmente incrível. Um agradecimento ao designer de ação Guy Norris e sua equipe, que mostram a necessidade de um Oscar de dublês! O quinto filme de Mad Max, que estreou no Festival de Cinema de Cannes, chega às telas sem um ingrediente aparentemente vital – o próprio Max. Mas não importa – este é um filme feito com uma selvageria proposital, e também com considerável humor e lirismo. Tem a intensidade concentrada de Fury Road de 2015, do qual é uma prequela, e ainda assim se desdobra em uma tela muito mais ampla. O diretor George Miller combina velocidade, graça e violência explosiva! Taylor-Joy ainda é capaz de transmitir muito sobre as emoções internas cruas de Furiosa. Seus olhos, capturados em close-up extremo, são infinitamente expressivos. Taylor-Joy e Hemsworth formam uma ótima dupla e Taylor-Joy é uma heroína de ação extremamente convincente. Ela faz esta sequência. A história de origem de Furiosa tem sequências deslumbrantes, mas o épico de George Miller não é ‘Fury Road’. Anya Taylor-Joy é muito boa, mas a sensação é de exagero da franquia inflada. Embora contenha alguns momentos de ação incríveis, e dois ótimos vilões, a ação não domina como nos filmes anteriores de “Mad Max”. O diretor, George Miller, parece mais investido desta vez na construção de seu mundo do que em seu guerreiro na estrada. Anya Taylor-Joy é uma presença feroz no papel-título!
AUTOR DO POST
Danilo Teixeira
Editor do Termômetro Oscar | CETI
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