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Chegou a hora!!! A temporada 2020 vai começar a dar seus primeiros nomes com essas duas semanas de Festival de Cannes! Alejandro G. Iñarritú entrou no tapete vermelho como presidente do júri, sendo o primeiro latino-americano a ocupar tal função. Alejandro foi ovacionado em seu discurso, que terminou categoricamente dizendo que "o único juiz capaz de julgar um filme é o tempo". Lembrando que o diretor divide o corpo de jurados com grandes nomes do cinema mundial, como Pawel Pawlikowsk, Yorgos Lanthimos, Kelly Reichardt e Elle Fanning. Depois, quem tomou o tapete vermelho foi o grandioso elenco de "The Dead Don't Die". O longa de Jim Jarmusch foi selecionado para abrir o festival e trouxe com ele Bill Murray, Tilda Swinton, Adam Driver, Steve Buscemi, Danny Glover, Iggy Pop, Selena Gomez e Caleb Landry Jones. Com uma abertura divertida, embalada por nomes já consagrados e figurinhas carimbadas de Cannes, ficou no ar aquela certeza de que teremos uma grande temporada pela frente. Sejam bem-vindos ao Festival de Cannes 2019! "The Dead Don't Die" Existe por aí uma história de que abrir o Festival de Cannes dá azar. Nem consigo me lembrar qual foi o último filme de abertura que fez sucesso absoluto com a crítica e depois teve uma temporada de premiações pelo menos boa. Pois bem, é a vez de Jim Jarmusch estrear as salas de Cannes, e ele chega com uma comédia de terror um tanto quanto diferente. Primeiro vale lembrar que o diretor é um velho conhecido do festival, já tendo estreado inúmeras vezes e vencido a Palma de Ouro de Curta Metragem com "Coffee and Cigarettes III" e o Grand Prix com "Flores Partidas". O longa se passa em uma cidadezinha pacata, onde uma série de crimes começa a chamar atenção de dois policiais (Murray e Driver). Ao investigarem, percebem que o local está sendo tomado por zumbis, que voltaram para executar as atividades que faziam diariamente quando vivos. E é exatamente nesse ponto que existe a crítica e o principal trunfo de Jarmusch, como destaca a IndieWire: "A recente preocupação de Jim Jarmusch com a vida no fim do mundo (e a decadência cultural que vem com ele) chega a uma conclusão divertida e literal em "The Dead Don't Die", uma comédia zumbi lenta mas que reorganiza os ossos de "A Noite dos Mortos Vivos" em um resignado lamento por uma sociedade à beira do colapso. E embora refazer a metáfora de George Romero possa parecer uma escolha muito óbvia em nossa era atual de telefones inteligentes e presidentes estúpidos, esse apocalipse inexpressivo é muito interessante". "Em total contraste com as hordas sem rosto que tipificam o gênero, os zumbis de “The Dead Don't Die” são personagens individuais com desejos pessoais claros que se estendem além do interesse geral em comer carne humana. Esses sacos de carne velha que se lamentam são motivados pelas coisas que amavam enquanto viviam - os prazeres materiais que os distraíam de ameaças existenciais como a mudança climática, o populismo e o discurso online em torno de 'Game of Thrones'" - completa a IndieWire. O The Guardian entregou 3 estrelas em 5, com uma crítica um pouco mais pesada: "A comédia Jim Jarmusch é lacônica, lúgubre e não vem inteiramente à vida, apesar de muitas linhas espirituosas e desempenhos tremendamente assegurados por um elenco de primeira série. É um novo capítulo sem sentido em um gênero carinhosamente lembrado e carinhosamente reanimado: os zumbis de George Romero, quando os corpos que mastigam carne saem de seus túmulos, agora totalmente entregues ao conformismo, ao consumismo e ao narcisismo canibalista que se alimentou de suas almas muito tempo antes do apocalipse acontecer (...) ocasionalmente parece irreverente e inacabado, um conjunto de idéias, humores e atores de prestígio circulando em torno de si em um conto desgrenhado". Dois pontos foram elogiados em unanimidade nas críticas: Jarmusch colocou diversas referências (ou easter egg) de outros filmes de terror, e o fãs do gênero vão vibrar muito na cadeira do cinema. E, em segundo, a qualidade dos diálogos e um ótimo Bill Murray levam o filme a muitos momentos de gargalhadas. O THR defendeu que o tema deve ajudar o filme a ter uma boa bilheteria quando estrear no verão, mas que logo deve dividir o público por não trazer sustos para aqueles que forem ver o filme com uma certa expectativa. Aliás, o THR também entregou uma crítica amena: "Tipicamente, para Jarmusch, as músicas, lideradas pela música-título, e as partituras são excelentes, animando quase todas as cenas. E a enorme diversidade de membros do elenco, juntamente com seus sentidos individuais de humor, mantém a atenção mesmo quando a inspiração às vezes fica para trás". "The Dead Don't Die" não foi um sucesso absoluto, mas também não foi um fracasso. Jarmusch pode muito bem abocanhar diversos festivais no fim do ano e inclusive algumas premiações que deem mais atenção para filmes independentes, mas não parece que vai ter o mesmo sucesso que "Paterson", o filme anterior do diretor, que também estreou em Cannes, considerado por muitos um dos melhores de sua carreira, e que deu vários prêmios para Adam Driver. FOTOS DIA 1 Danilo Teixeira - equipe CETI!
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