Festival de Cannes 2018 – Dia 3: Excelente dia no festival! "Cold War" e "Sorry Angel" são sucessos!11/5/2018 Dia bastante animador em Cannes, depois de estreias frias e desapontadores. Paweł Pawlikowski brilha em preto e branco mais uma vez com "Cold War" e Christophe Honoré é ovacionado com o seu sensível e pungente "Sorry Angel". Confira o que a imprensa andou falando das produções: "Cold War"O vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro pelo filme "Ida", Paweł Pawlikowski, chega em Cannes com um novo trabalho e, outra vez, sobre a guerra e filmado em preto e branco. Será que teremos um novo candidato ao Oscar? "Cold War" conta com Joanna Kulig e Tomasz Kot para contar sobre um músico amante da liberdade e uma jovem cantora com histórias e temperamentos completamente diferentes vivem um amor impossível, durante na Guerra Fria. O The Hollywood Reporter simplesmente adorou o filme: "o mais recente filme de Pawel Pawlikowski, é agridoce e insuportavelmente adorável, uma triste balada de dois amantes que não suportam ficar separados, mas que às vezes também não suportam um ao outro. Comoventemente romântico, mas também ironicamente realista". Aliás, assim como a elogiada fotografia de "Ida" que concorreu ao Oscar, o THR também falou da fotografia de "Cold War": "Mais doçura é acrescentada pela iluminação e lentes requintadas de Lukasz Zal, igual à excelência que ele e Ryszard Lenczewski alcançaram em Ida, mas desta vez com menos neve e claro-escuro". O Indiewire também não polpou elogios e comparações ao "Ida": "O diretor de ‘Ida’ apresenta uma das mais sombrias histórias de amor já feitas. Uma história de amor quebrada sobre pessoas quebradas em um país quebrado, o novo filme de Paweł Pawlikowski não é nada senão fiel ao seu título (...) Estéril, mesmo em seus momentos fugazes de alegria e emocionalmente inacessível ao extremo, o filme é sombrio o suficiente para fazer com que a “Ida”, ganhadora do Oscar, seja uma comédia frívola". A Variety elogiou muito toda a técnica do filme: "A trilha sonora cuidadosamente escolhida a dedo, desde curiosidades populares hipnotizantes a padrões de blues violentos, até uma onda etérea de Bach, interpretada por Glenn Gould, talvez seja a contribuição inestimável mais inestimável para um filme elaborado com uma exatidão quase sinistra. Trabalhando mais uma vez com o diretor de fotografia de 'Ida', Lukasz Zal, Pawlikowski arrisca acusações de auto-repetição com suas composições em preto-e-branco finamente trabalhadas, cada quadro um requintado azulejo da melancolia do leite e do malte. No entanto, o efeito emocional dessa mise en scène é bem diferente aqui, já que os personagens se irritam com essa pureza visual; o contraste na imagem se intensifica à medida que seu frágil relacionamento escurece e apodrece. Como "Ida", no entanto, "Guerra Fria" é um estudo comovente da decepção e da insegurança que pode florescer da suposta renovação: é um romance em que novos começos e finais podem ser difíceis de distinguir". Pois bem, pode ser um pouco cedo para dizer, mas podem começar a apostar que "Cold War" ainda vai ser muito comentado na temporada! Paweł Pawlikowski conseguiu mais um sucesso absoluto. "Sorry Angel"O que é o amor para você? Esta é a pergunta que o diretor Christophe Honoré faz ao seu público com o belo "Sorry Angel". Depois de chamar a atenção em Cannes em edições anteriores com "Canções de Amor" e "17 fois Cécile Cassard", ele apresenta um profundo drama sobre dois homens gays lutando com ideias incompatíveis de amor. Este é o interessante de Honoré, a singularidade de seu estilo e voz, que trazem a esperança de que um dia melhor. Interpretados por Pierre Deladonchamps e Vincent Lacoste, a Variety destaca a profunda relação entre os protagonistas e o diretor: "Os personagens são impulsivos em seguir o coração, caracterizando-os como pessoas tridimensionais e realistas. As duas partes neste romance podem ser as duas metades da personalidade de Honoré. Arthur, é um ansioso e aberto estudante bretão que lentamente lida com sua identidade. enquanto Jacques tem uma alma mais cínica e cansada, além de que se resignou à ideia de que ele nunca experimentaria outra conexão significativa." A imprensa no festival deu muita ênfase ao roteiro, também escrito pelo francês. Descrevendo-o como sofisticado, um tanto quanto esnobe e de uma profundidade complexa, além de traçar pontos de semelhança, pelo menos no que diz respeito a sua força discursiva, ao "120 Batimentos por Minutos", que ganhou o Grande Prêmio do Júri no ano passado. "O filme tem uma alma empática e melancólica, está totalmente sintonizado com as pequenas e cotidianas graças da vida no mundo. "Sorry Angel" está cheio de torrentes de linguagem, personagens tagarelando sobre política sexual gay e literatura, mas esses homens não estão simplesmente andando em idéias ou teorias manifestadas, estão vivendo", pontua Richard Lawson, da Vanity Fair. Vale ainda o destaque ao excelente trabalho da fotografia no longa. "A fotografia é veloz e bem-humorada, repleta de indulgências gálicas. E embora tenha energia visual de sobra, o filme é mais descontraído e menos extravagante do que a maioria dos outros filmes de Honore. Desdobra-se com graça naturalista, enquadramentos precisos, porém descomedidos e movimentos fluidos de câmera, acenando com a New Wave", elogia o crítico Jon Frosch, do The Hollywood Reporter. Há uma generosidade e uma compaixão em cena, que mostra que o cineasta está sintonizado não apenas com as dificuldades vividas por Jacques e Arthur, mas com o mundo que está ao redor e além deles. No final, todos da sessão em Cannes saíram extasiados e com muito a refletir por toda a bagagem que o filme traz. De forma que "Sorry Angel" está entre os melhores filmes exibidos até o momento no festival e com a promessa de ainda ter um bom caminho a traçar pela temporada, podendo chegar nas premiações como o representante francês do ano. Honoré derrama amor, derrama brilho, derrama o melhor de seu estilo e um cinema de muita qualidade. Fotos do dia 3Danilo Teixeira e Juliana Leão - Equipe CETI!
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