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Depois do mediano "Julieta", Pedro Almodóvar estreia em Cannes no seu melhor, que realmente pode ter sido o melhor de sua carreirra. "Dolor y Gloria" é um sucesso e colocou o cineasta espanhol no radar da Palma de Ouro. "Little Joy" não consegue sustentar a sua aura de mistério e terror, colocando-se como um longa questionável e complicado da carreira de Jessica Hauster. Acompanhe os filmes que foram destaque no quarto dia de exibições no Festival de Cannes: "LITTLE JOE"Jessica Hausner é uma velha conhecida de Cannes. Com várias exibições na mostra Un Certain Regard, pela primeira vez a diretora chega em competição pela Palma de Ouro. “Little Joe” é um dos filmes excêntricos que passam pelo tapete vermelho nessa edição. O longa, que beira o terror, fala sobre Alice (Emily Beecham), uma jovem mãe solteira e uma dedicada criadora de plantas em uma empresa focada em desenvolver novas espécies. Ela é responsável por criar uma flor que não só é bela, mas também tem incríveis habilidades terapêuticas. Se bem cuidada, a planta deixa seu dono feliz. Quando Alice desobedece regras da empresa e leva uma das flores para seu filho, ela começa a perceber que sua criação pode não ser tão benévola quanto parece. O filme é com Emily Beecham, Ben Whishaw e Kit Connor. Aliás, Connor esteve ontem no tapete vermelho como parte do elenco para a estreia de “Rocketman”. Mas todos os olhos se voltam mesmo para Whishaw, que acabou de vir de uma temporada excelente com a série “A Very English Scandal” e com o longa “O Retorno de Mary Poppins”. Inclusive, o The Guardian fala sobre o ótimo elenco ao entregar sua péssima nota de 2 em 5: “’Little Joe’ é um dos filmes mais esperados aqui em Cannes. Esta brilhante diretora da Áustria trouxe outros trabalhos fascinantes para o festival. Mas fiquei desapontado com este novo filme, o primeiro em inglês (...) nada do proposto é representado em qualquer estilo dramático convincente, e os atores - todos muito talentosos e seguros - talvez não tenham tido uma direção suficientemente clara”. A Variety elogiou a parte técnica e artística: “Quase todo filme de terror tem um trecho de abertura - pode ser de 20 minutos, ou os primeiros 45 - que avançam em um modo assustador de ansiedade antecipada, chegando ao momento em que o demônio, o terror, o monstro, ou a fonte de medo revela-se. É preciso audácia, e uma habilidade especial, para sustentar aquele sentimento inicial de medo premonitório ao longo de todo um filme. E é isso que acontece em "Little Joe", um filme de terror artisticamente desconcertante e austeramente hipnótico sobre uma planta muito sinistra”. Por fim, o THR fez coro nas críticas negativas: “Intencionada como uma espécie de advertência sobre os riscos da engenharia genética, a primeira apresentação em língua inglesa da diretora austríaca Jessica Hausner é carregada de diálogos expositivos, dezenas de tomadas idênticas, elenco pouco convincente e até mesmo um personagem conveniente que serve apenas como apoio do personagem principal sem ter qualquer fala ou momento relevante. A falta absoluta de qualquer suspense ou excitação sugere um curto período de vida comercial”. “Little Joe” não conseguiu alcançar um pouco daquilo que se esperava. Nos últimos anos começou a se criar um certo fenômeno de impressionantes filmes de terror independentes, que acabam indo muito bem em festivais e são lembrados em algumas premiações. “Little Joe” era esperado como um desses, mas pelo visto vai acabar esquecido. "DOLOR Y GLORIA"Pedro Almodóvar, Antonio Banderas, Penélope Cruz e Cannes, existem algumas combinações que são marcantes no imaginário cultural de um apreciador do cinema, e esta pode ser uma. "Dolor y Gloria" estreou em Cannes ontem e não há dúvidas de que se trata do melhor filme do diretor espanhol em anos, pelo menos este é o tom das reviews. Principalmente a Indiewire, que o coloca com um grande candidato a Palma de Ouro e o melhor filme da carreira de Almodóvar. O ator Antonio Banderas interpreta um diretor de cinema que planeja a sua aposentadoria dos estúdios, enfrenta problemas de saúde, depressão e a perda de seus poderes. Em meio a isso ele faz uma reflexão sobre as suas escolhas na vida, seu passado e o seu presente. Não poderia ser um filme mais autoral, não é? Peter Bradshaw, do The Guardian, rasga elogios ao cineasta: "Como sempre, Almodóvar fez um filme sobre o prazer - que é um si - porque é espirituoso, inteligente e sensual. É sobre amor, memória, arte, mães, amantes e acima de tudo é sobre si mesmo, que nas mãos de um diretor menor seria desanimadoramente indulgente. Entretanto Almodóvar é um mestre da auto-referência e da intertextualidade. [...] Almodóvar opera em uma espécie de motor de combustão interna de criatividade e eu senti que este filme estava sendo executado tão suavemente e tão sedutoramente que poderia ter continuado por mais cinco horas". Steve Pound, do The Wrap, traz um olhar quase que de reverência ao longa: "Dolor y Gloria” sugere que os filmes do Almodóvar foram baseados nas preocupações que se desenvolveram enquanto ele era criança, mas refratam a vida que formou sua arte através deste estilo. Este é, claramente, um filme de suspiros. Assim como o personagem busca a cura física e mental, o filme é um dos mais meditativos da carreira de Almodóvar." Segundo o cineasta espanhol, "Dolor y Gloria" fecha a trilogia que ele começou com "A Lei do Desejo" e continuou em "Má Educação", mesmo que os fãs do trabalho do espanhol encontre reminiscencias em outros filmes. O devido destaque deve ser feito para as atuações presentes na produção, principalmente para Banderas, Cruz, Leonardo Sbaraglia e Asier Etxeandia. "Performances são excelentes, com a enérgica Cruz e o potentemente carismático Etxeandia (tanto ele quanto Sbaraglia estreiam com Almodóvar, e claramente se divertem) se destacam. A energia e o gosto pela vida de Alberto e a tristeza interior de Federico contrastam com o tédio de Salvador, que Banderas num desempenho muito próximo do seu melhor da carreira e lutando com as nuances.", disse Jonathan Holland, do The Hollywood Reporter. A intenção de Antonio Banderas ser Almodóvar era tão óbvia que as roupas e os cabelos parecem demais. Cannes teve um momento de glória, em que a dor não passou pelo tapete vermelho ou pela sala de exibição. O momento para Almodóvar e para o seu bonito filme foi somente de glórias. O The Independent declara: "Este é um tipo de filme indulgente e egocêntrico que apenas um diretor com uma carreira tão brilhante poderia conseguir. Os fãs de Almodóvar vão se debruçar sobre a obra procurando pistas sobre como ele é autobiográfico. Outros podem simplesmente sentar e apreciar a maneira delicada e lírica a maneira em que o diretor mostra seu herói cineasta viajando profundamente em seu passado." A Espanha pode ter encontrado o seu representante ao Oscar. FOTOS DIA 4Danilo Teixeira e Juliana Leão - Equipe CETI!
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