Quando foram anunciados os nomeados ao Oscar 1935, o esnobe da indicação de Bette Davis por "Escravos do Desejo" causou uma consternação tão grande não apenas no público como na crítica especializada.
Hollywood recusou-se a deixar a omissão de Davis cair sem luta. A Academia foi cercada por telegramas de Hollywood exigindo uma votação final por escrito para dar a Davis a chance que ela merecia. Quando a indicada Norma Shearer fez a campanha para Bette, a Academia sabia que tinha que fazer algo. Artigos em revistas (FOTO Esquerda) - "A Garota que eles tentaram esquecer" e veículos que escreviam a cobertura mais contínua sobre o evento anual, tornaram-se negativos à medida que as conversas iam além da média de argumentos anuais sobre se cada atriz merecia sua indicação. Rumores da indústria indicavam que Davis havia perdido a nomeação por causa de conflitos maiores com seu estúdio, a Warner Bros. Com a pressão vinda de todos os lados, a Academia aprovou que os votantes escrevessem os vencedores que quisessem na cédula (FOTO Direita), mesmo se não tivessem sido nomeados. Houve a cerimônia, Bette Davis apareceu entre os nomes mais votados, contudo ainda perdeu para Claudette Colbert por "Aconteceu Naquela Noite". Bette Davis afirmou em sua autobiografia que Jack Warner havia enviado instruções ao seu pessoal para votar em qualquer pessoa, exceto ela. Ela não podia provar essa acusação, é claro, mas havia uma pequena evidência tangível de que Davis havia causado um impacto na Academia - o esnobe fez a Academia contratar para o ano seguinte a PriceWaterhouse, uma firma de contadores públicos, para contar e verificar todas as cédulas e silenciar quaisquer reclamações futuras de fraude eleitoral; a empresa continua sendo a parceira contábil do Oscar até os dias de hoje.
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