Ausente da cerimônia do Oscar 1947, o astro do teatro e das telonas, Fredric March, achava que não venceria naquele ano e que James Stewart ou Laurence Olivier ia levar a estatueta. Por isso ficou surpreso ao descobrir que havia ganho o seu segundo Oscar (havia vencido 15 anos antes por "O Médico e o Monstro") de Melhor Ator por "Os Melhores Anos de Nossa Vida".
March estava em Nova York trabalhando na sua peça "Years Ago" - do qual também ganhou um Tony Award de Melhor Ator naquele mesmo ano - e o teatro fez uma surpresa para o ator dando um Oscar de papelão, enquanto a sua estatueta ainda não chegava. Penny March, filha de Fredric, tinha suas próprias preocupações. A mãe dela, a atriz Florence Eldridge, disse à imprensa da Broadway: "O fato de Freddie ganhar um Oscar por sua atuação não significa qualquer coisa para Penny. O que era muito mais importante para ela era o fato embaraçoso de que seus colegas de escola viam o pai de pijama — E o que ele bebia muito no filme". De qualquer forma, a ausência de Fredric foi um fator que ajudou indiretamente numa grande confusão nos bastidores do Oscar. Joan Fontaine apresentou o Oscar de Ator, como ele não havia ido, ela não teve que ir tirar fotos e lidar com a imprensa, então ficou nos bastidores para parabenizar sua irmã, Olivia de Havilland, que havia acabado de vencer como Melhor Atriz por "Só Resta uma Lágrima". Ela se aproximou de Olivia, que na escuridão, parecia não reconhecer a sua irmã. Olivia estendeu a mão, de repente percebeu quem estava vindo em sua direção e se virou abruptamente. "Eu não sei por que ela faz isso quando sabe como me sinto ", disse Olivia a seu assessor de imprensa, Henry Rogers. Joan ficou ali olhando para ela com uma expressão perplexa, depois deu de ombros e foi embora.
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