CETI RECOMENDA: "Anastásia, a Princesa Esquecida"

Quem nunca sonhou em ser um membro da realeza, mesmo que em ingênuas brincadeiras vespertinas de quintal junto aos amigos? Postura, atos heroicos, poder e riqueza, a realeza sempre povoou a imaginação dos homens. As lendas e histórias que os envolvem, perpassam os séculos e não somente alimentam a cultura popular, como abrem portas para o para o mundo dos sonhos, para a ficção. Rei Arthur, os Mosqueteiros, a rainha Elizabeth, Maria Antonieta, a princesa Grace Kelly de Mônaco... todos estes foram representados nas telas de cinema. E também Anastásia Nikolaevna Romanov, a princesa esquecida da Rússia, lindamente interpretada por Ingrid Bergman no filme de 1956 e relembrada na animação da Fox em 1997.

A história mundial conta que a princesa Anastásia realmente existiu, filha do czar Nicolau II da Rússia, da dinastia Romanov. O que nem todo mundo deve saber é que quando ocorreu a Revolução Bolchevique na Rússia, o czar e sua família foram brutalmente assassinados, porém houve quem suspeitasse de que a pequena princesa, na época com 11 anos, havia sobrevivido. 

Passado o tempo, várias foram as mulheres que reivindicaram ser Anastásia. Esse é o ponto da história que o filme de Anatole Litvak transcorre, a partir da chegada da “princesa” à Berlim e a influência do General Bounine sobre ela, primeiro em apurar seu passado, depois em prepará-la para se tornar, supostamente, herdeira do trono.

Os pobres têm uma grande vantagem; eles sabem que são amados por serem apenas eles mesmos.
__Anastasia (1956)

Já na animação da Fox, a jovem consegue fugir da revolução e do temido Rasputine com a ajuda da avó. Entretanto, elas se perdem pelo caminho, fazendo com que a pequena desmemoriada viva durante muitos anos em um orfanato. Crescida, volta para sua cidade ajudada por dois amigos, a fim de provar a identidade da princesa desaparecida.

Ambos os filmes guardam seu espaço na memória afetiva de milhões de pessoas, não somente porque foram sucessos de bilheteria, mas por suas qualidades técnicas e envolvimento romântico. O roteiro de Arthur Laurents, adaptado da obra de Guy Bolten traz singeleza e, ao mesmo tempo, a densidade necessária, que somadas a técnica da produção e aos talentos de Ingrid Bergman e Yul Brynner resultou numa dupla indicação ao Oscar; trilha sonora e melhor atriz - ganho pela sueca. Quarenta anos depois, a adaptação animada do filme de Litvak rendeu mais duas indicações ao Oscar para os estúdios Fox, outra vez em trilha sonora e também em melhor canção. Realizado através da técnica tradicional, o velho papel e lápis, esse foi o longa que mais levou espectadores ao cinema para assistir uma animação no ano de 1997.

Afinal, Anastasia sobreviveu ou era uma impostora? Com um pouco de pesquisa você descobre a verdade. Fato é que sua lenda encanta e comove até hoje, faz sonhar. Talvez, tenha sido neste momento que Ingrid Bergman também tenha se tornado uma lenda e que a animação tenha se tornado uma das mais queridas da geração dos anos 90. Não perca, assista as duas versões!

---

"Anástasia, a princesa esquecida"
Nome Original: Anástasia
Origem: Estados Unidos 
Ano de Produção: 1956 
Gênero: Drama/ Histórico/ Biográfico 
Diretor: Anatole Litvak
Roteiro: Arthur Laurents 
Elenco: Ingrid Bergman, Yul Brynner, Helen Hayes, Akim Tamiroff, Martita Hunt.

"Anástasia"
Nome Original: Anastasia
Origem: Estados Unidos
Ano de Produção: 1997
Gênero: Aventura | Animação | Fantasia
Diretor: Don Bluth, Gary Goldman 
Roteiro: Susan Gauthier, Bruce Graham, Bob Tzudiker, Noni White
Elenco: Meg Ryan, John Cusack, Kelsey Grammer, Christopher Lloyd, Kirsten Dunst e Hank Azaria

---

Juliana Leão - EQUIPE CETI

---

SEÇÕES