Apesar dos seus últimos dois filmes (“Refém da Paixão” e “Jovens Adultos”) não terem rendido muito em premiações, o seu novo projeto da adaptação do livro de Chad Kultgen parecia uma grande promessa para o Oscar 2015.
A trama retrata “adultos, adolescentes e crianças que amam, sofrem, se relacionam e compartilham tudo, sempre conectados. A internet é onipresente e, nesta grande rede em que o mundo se transformou, as ideias de sociedade e interação social ganham um novo significado. Algumas situações como um casal que não tem intimidade; uma garota que quer ser uma anoréxica melhor; um adolescente que vive em num mundo de pornografia virtual, fazem o expectador repensar a relações humanas”.
O elenco tem uma mistura de nomes de veteranos e novatos: Rosemarie DeWitt, Jennifer Garner, Judy Greer, Dean Norris, Adam Sandler, Emma Thompson, Dennis Haysbert, J.K. Simmons, Timothee Chalamet, Olivia Crocicchia, Kaitlyn Dever, Ansel Elgort, Katherine Hughes, Elena Kampouris, Will Peltz, Travis Tope.
Mas pelo jeito o filme não foi muito bem nas primeiras críticas vindas de Toronto, o que parece ser consenso é: o filme cansa em muitos momentos e se perde em sua própria trama.
Confira algumas reações, abaixo:
IndieWire – “É uma vergonha que Reitman desça um caminho tão aborrecido e cansativo com seu filme, porque o elenco dá algumas reviravoltas muito boas. Sandler tem o passo perfeito em seu papel de apoio, interpretando um desmazelado e sexualmente frustrado com um cansaço realista. Mais uma vez, Elgort e Dever são ótimos juntos, e Greer e Norris evocam algo encantador em suas cenas.“
We Got This Covered - ““Men, Women & Children” evita algumas das armadilhas de adolescente e tecnologia focadas em drama, mas é uma linha tênue por um excesso de personagens e preocupações”.
Eric Kohn – “O filme retrata uma sociedade assustada com o progresso, mas ao mesmo tempo que finge detestar essa noção, ele acaba abrigando os mesmos delírios como os seus personagens com um engavetamento exagerado de circunstâncias. Em vez de abraçar a mudança, sugere que a melhor solução é a recuar a partir dela e prosperar em conforto. “Men, Women & Children” é tão casativo com a ideia da insignificância da humanidade que apresenta suporte para esse argumento com a sua própria existência.”
Todd McCarthy – “Com sua antena cultural em atenção e um estilo tão preciso e polido com o mais recente instrumento de alta tecnologia, “Men, Women & Children” servirá sempre como um momento instantâneo; ilustrando o agora, provavelmente terá um olhar bastante singular dentro de uma década”.
Chicago Tribune - "Men, Women & Children", diagrama cuidadosamente um filme de tese sobre como nós vivemos o agora - especificamente, como os nossos apegos ao mundo virtual estão destruindo nossos relacionamentos (...). Desenrola como uma série de contos de advertência frouxamente ligados sobre os perigos do uso excessivo de telefone, Internet e das mídias sociais, como uma versão menos exagerada de "Crash" para a auto-estrada da informação”.
Rope of Silicon - “No final, muitas tramas em uma estrada para lugar nenhum resulta em um filme lutando para encontrar compreensão”.
Essas críticas acedem o sinal amarelo para o longa de Reitman, que pode ir saindo aos poucos da corrida principal. O longa vai precisar de mais apoio nas próximas críticas que saírem sobre a produção.
“Men, Women & Children” ainda não tem data de estreia para os cinemas brasileiros.