Em seu quarto filme, Leonardo já mostrou o ator que poderia ser. Com 19 anos, sua intepretação como um garoto autista que sofria agressões lhe rendeu inúmeros elogios da crítica e alguns convites para trabalhos mais interessantes que viriam nos anos a seguir como “O Diário de um Adolescente”, “Romeu + Julieta” e “Titanic”.
Essa foi a sua primeira e única indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante e a vitória era mesmo pouco provável. Aquele foi o ano de “A Lista de Schindler”, com Ralph Fiennes que venceu o BAFTA e “O Fugitivo”, com Tommy Lee Jones que venceu o Globo de Ouro e acabou como vencedor do Oscar também. |
Nesse ano a Academia passou apuros. Parecia que todos os atores estavam em momentos únicos e grandiosos de suas carreiras! O gênio Clint Eastwood concorria por “Menina de Ouro”, Don Cheadle estava com o fortíssimo “Hotel Ruanda”, Johnny Depp estava com o seu papel mais elogiado nos cinema naquela época com o filme “Em Busca da Terra do Nunca”, Jamie Foxx era o grande favorito tendo vencido antes o SAG, O BAFTA e o Globo de Ouro por “Ray” e Leonardo DiCaprio vinha com o melhor papel de sua carreira até então.
A cinebiografia de Howard Hughes, dirigida por Scorsese, é um marco no cinema. E a atuação de Leonardo é considerada por alguns críticos até hoje como a melhor performance do ator, devido, principalmente, à todas as vidas que Howard levava: milionário aos 18 anos, aviador, cineasta e forte investidor na indústria cinematográfica. |
Entre todas as indicações de Leonardo ao Oscar de Melhor Ator, essa provavelmente é a menos conhecida. “Diamante de Sangue” foi uma grata surpresa que o cinema nos trouxe naquele ano e por mais que uma vitória parecesse distante, foi um ano curioso em que tudo poderia acontecer.
Primeiro, Leonardo dessa vez chegava ao Oscar com um filme que podia ser considerado de ação, ambientado durante a guerra civil da Serra Leoa, falava sobre os diamantes extraídos durante esses conflitos e que eram vendidos exatamente para financiar a continuidade da guerra. Evidenciando o sofrimento do povo e a violência desmedida, os elogios do filme couberam principalmente ao elenco. |
De volta com Martin Scorsese, esse provavelmente foi o ano em que Leonardo estava tão perto e tão longe ao mesmo tempo. O filme conta a história real de Jordan Belfort, um corretor de ações que faz um sucesso absoluto no mercado e se entrega a uma vida de drogas e prostitutas, ao mesmo tempo em que não para de ganhar mais dinheiro.
Mesmo o longa tendo uma mensagem duvidosa – e isso foi muito questionado – a atuação de DiCaprio é impecável e diferenciada de todas que havia feito antes! Tanto que lhe valeu o prêmio de Melhor Ator em Comédia no Globo de Ouro. |
Esse é o seu ano! Pelo menos é o que tudo indica. Vamos analisar um pouco a concorrência:
Matt Damon, com “Perdido em Marte”. Vencedor do Globo de Ouro de Melhor Ator em Comédia, esse provavelmente é um dos mais distantes do prêmio, mesmo com uma de suas atuações mais elogiadas em anos. Eddie Redmayne, com “A Garota Dinamarquesa”. Se em 2015, Eddie não tivesse vencido por “Teoria de Tudo”, talvez a Academia entrasse em 2016 com um impulso muito maior para premiá-lo. Mesmo assim as chances ainda existem, mas tendo uma vitória anterior muito votantes se voltam aos que não tem estatueta. |