Na edição passada tudo indicava que “La La Land” era o grande filme de 2017. O prêmio do Sindicato dos Produtores, o prêmio do Sindicato dos Diretores, a vitória histórica no Globo de Ouro e finalmente o Oscar de Melhor Filme, mas apenas por alguns minutos... Até que descobrimos que tudo não passava de um engano e o verdadeiro vencedor era “Moonlight”!

E se tivéssemos a oportunidade de ter tido esse erro antes! Neste especial vamos ver os 10 vencedores do Oscar de Melhor Filme que gostaríamos que tivesse sido erro mesmo! 
O vencedor foi mesmo “Como Era Verde o Meu Vale” em 1942 
Talvez, na época, para os senhores da Academia, reconhecer o trabalho de um jovem garoto de 25 anos que vinha de uma carreira no rádio fosse pedir demais! E não só, já que havia a influência do poderoso William Hearst que poderia ter sido a inspiração para a criação da trama. Mas é inegável que Orson Welles criou uma obra-prima divisora de águas na história do cinema, com um roteiro inovador e atemporal, montagem considerada moderna até para os dias de hoje e fotografia brilhante, “Cidadão Kane” não ter vencido o Oscar de Melhor Filme vai ser sempre um erro que a Academia vai lamentar. 
​O vencedor foi mesmo “O Maior Espetáculo na Terra” em 1953
O maior musical da história do cinema simplesmente não foi indicado a Melhor Filme. Dizem que a Academia não queria dar o prêmio para um musical de Gene Kelly por dois anos seguidos, já que no ano anterior o vencedor foi “Um Americano em Paris”. Outro erro que a Academia vai lembrar para sempre, já que “Cantando na Chuva” é um dos maiores clássicos do cinema.
​O vencedor foi mesmo “A Volta ao Mundo em 80 Dias”  em 1957
Os prêmios da Academia de 1957 pareciam um déjà vu para os fãs de cinema que ficaram perplexos com a cerimônia de quatro anos antes que escolheu "O Maior Espetáculo na Terra" no lugar de "Cantando na Chuva". Anos depois, o filme de DeMille ainda é considerado um marco e que realmente trouxe o Velho Testamento à vida para inúmeras gerações de espectadores. "O Maior Espetáculo na Terra" é considerado ainda um dos filmes mais fracos vencedores do Oscar.
O vencedor foi mesmo “Rocky – Um Lutador” em 1977
De vez em quando a Academia faz escolhas que não conseguimos entender. Nesse ano, além de “Rede de Intrigas”, concorria “Taxi Driver” e “Todos os Homens do Presidente”.  Todos os concorrentes são cinematograficamente mais lembrados e valoridados pela crítica e por cinéfilos. Enquanto “Rocky” perdeu muito de sua importância graças as tantas continuações. 
O vencedor foi mesmo “Gente Como A Gente” em 1981
Esse é o tipo de resultado que causa mais revolta e discussões com o passar do tempo. Muitos críticos consideram “O Touro Indomável” como o melhor filme da década! Mas o drama de Redford acabou levando a melhor no Oscar e Scorsese ainda perdeu o prêmio de Melhor Diretor! A Academia só iria entregar um prêmio para ele em 2006 com “Os Infiltrados”, um bom filme, mas que não alcança a grandeza e o impacto de “Touro Indomável”.
O vencedor foi mesmo “Conduzindo Miss Daisy” em 1990
Além de “Nascido em 4 de Julho”, aquele Oscar de 1990 revelou outros 2 clássicos: “A Sociedade dos Poetas Mortos” e “O Campo dos Sonhos”, e também o clássico italiano considerado por muitos como um dos melhores filmes de todos os tempos: “Cinema Paradiso”. Qualquer um desses que levasse o prêmio de Melhor Filme, seria digno de comemoração, mas a Academia preferiu um filme de boas intenções, mas um tanto quanto maçante e inofensivo.  Podemos concordar, Morgan Freeman e Jessica Tandy dão performances encantadoras, e talvez isso que tenha levado o filme no caminho da estatueta. Mas a vitória continua a ser uma fonte de desapontamento, principalmente 25 anos depois.
O vencedor foi mesmo “Dança com Lobos” em 1991
Assim como em “O Touro Indomável”, mais uma vez Scorsese foi deixado de lado por um filme que nitidamente era mais fácil para a Academia premiar. Enquanto “Os Bons Companheiros” era um retrato da violência, sobre a crueldade e o domínio da máfia, “Dança com Lobos” é um filme patriótico sobre um soldado da guerra civil que vai morar com os índios. Dizem que a Academia resolveu recompensar Kevin Costner pela façanha. 
O vencedor foi mesmo “Shakespeare Apaixonado” em 1999
Quando as pessoas dizem que o produtor Harvey Weinstein tinha muito poder nos Oscars, eles estão falando sobre 1998 e "Shakespeare Apaixonado". Afinal, Spielberg entregou um épico de guerra com uma cena de abertura considerada por muitos como um marco do cinema! Revelado o que sabemos agora sobre Harvey Weinstein e Miramax, esse momento na história do Oscar assume um tom diferente. Weinstein era conhecido por suas táticas de campanha ultrajantes e agressivas. Alguns consideram a vitória de “Shakespeare Apaixonado” mais pelas campanhas extremas de Weinstein do que pelo reconhecimento do filme como uma peça de arte.
O vencedor foi mesmo “Crash: No Limite” em 2006
Uma questão principal dominava a cerimônia de 2006: "Crash", uma meditação segura, suave e limpa sobre as relações raciais na América Ou "Brokeback Mountain" de Ang Lee, sobre dois cowboys apaixonados? A maioria dos telespectadores do Oscar sentiu que o envolvente e artisticamente superior  - “Brokeback Mountain” – venceria em Melhor Filme. Era o esperado, era o mais apostado. Mas em um susto deslumbrante, "Crash" tomou o prêmio principal e imediatamente se tornou uma das maiores polêmicas da Academia, resultando em fortes críticas principalmente a respeito dos votantes não terem coragem de eleger um filme com temática gay. Esse foi o impulso inicial para aumentar o número e a diversidade de votantes para o Oscar.
O vencedor foi mesmo “O Discurso do Rei” em 2011
Não vamos contestar que o Oscar de Colin Firth. Mas ainda é decepcionante que "A Rede Social" de David Fincher não tenha vencido como Melhor Filme. O longa fala sobre como Mark Zuckerberg construiu o Facebook – passando por cima de tudo e todos em seu caminho. O  moderno roteiro de Aaron Sorkin e com uma visão clara de como a tecnologia realmente isola em vez de nos conectar foi um dos grandes destaques. “A Rede Social” ainda é discutido e comentado até hoje e deve ficar na história, enquanto “O Discurso do Rei” soa como um retrato mais comum de um vencedor do Oscar.