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Um candidato a prêmios de lançamento entre novembro e dezembro pode chegar na temporada do Oscar sem notarmos, já que a maioria acontece apenas nos EUA e demoram meses para chegar no Brasil. Acontece que alguns filmes são carros-chefe de estúdios e eles esperam a hora certa para a estreia.
E é exatamente sobre três filmes aguardados e muito pacientes que vamos comentar hoje no Termômetro de Sexta! Com uma campanha hábil, impulsionada pelas greves que mudaram um pouco os planos durante os festivais, filmes ainda não exibidos que aguardam nos bastidores – estamos falando principalmente de “A Cor Púrpura”, “The Iron Claw” e “Napoleão” – podem executar o ataque perfeito, pegando espaço dos favoritos até então, como “Oppenheimer” e “Assassinos da Lua das Flores” de surpresa. Desde que passamos a ter 10 indicados em Melhor Filme (pós 2009), as datas de lançamento do segundo e terceiro trimestres têm sido o ponto ideal para eventuais vencedores da Academia. Podemos dar alguns exemplos de cabeça: "Parasita" estreou em Cannes no fim de maio, "Nomadland" estreou em Veneza em setembro, "Green Book" estreou em Toronto também em setembro e “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” do ano passado (em abril). À medida que outubro chega ao fim, os festivais já entregaram seus nomes favoritos, que começam a traçar um caminho para o Oscar enquanto, os que não foram tão bem, começar a ficar de lado. Isso significa que os futuros nomes esperam entrar em uma corrida já repleta de candidatos dignos. Antigamente filmes que estreavam em novembro e dezembro eram bem normais para candidatos ao Oscar, depois da criação dos streamings as possibilidades dos filmes serem vistos diluiu muito esta antiga fórmula. A verdade é que o rolo compressor do Oscar de última hora tem sido até perigoso, mas os estrategistas costumam a citar um dos exemplos mais recentes : no início de outubro de 2004, a Warner Bros anunciou que “Menina de Ouro”, de Clint Eastwood, chegaria aos cinemas em 17 de dezembro. Os espectadores estavam céticos, mas o drama de boxe nocauteou os principais candidatos “O Aviador” e “Sideways”, levando o prêmio de Melhor Filme - mas não tinhamos streamings, e esse fator muda muito. Este ano, as probabilidades favorecem escolhas populares como “Oppenheimer” e “Barbie”, mas a combinação de agitação, elogios e apelo popular pode impulsionar alguns retardatários para o topo das premiações das premiações. Aos 85 anos, Ridley Scott ainda não tem uma estatueta. Sua próxima tentativa de conquista será com “Napoleão”, estrelado por Joaquin Phoenix e codistribuído pela Apple e Sony Pictures. O épico de época retrata as origens do imperador francês e sua ascensão ao poder; aqueles que viram os primeiros cortes dizem que apresenta “sequências de ação inacreditáveis”. Embora esse seja um argumento de venda indiscutível, as recentes saídas do lendário diretor não têm exatamente iluminado as bilheterias ou o Rotten Tomatoes. Sim, houve indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme para “Perdido em Marte” (2015) e uma indicação de ator coadjuvante para o falecido Christopher Plummer por “Todo o Dinheiro do Mundo” (2017). Mas é difícil ignorar o quão decepcionante foi a temporada de “Casa Gucci” (2021), e até mesmo anteriormente, quando se comentava de outro épico com “Êxodo: Deuses e Reis” (2014). Ainda assim, a Academia está esperando para entregar um Oscar nas mãos de Ridley Scott, já que muitos acreditam ser este o motivo de enrolarem para dar um Oscar honorário - fizeram isto com Spike Lee e no fim ele levou um Oscar pós-honorário. Quando o primeiro trailer tenso da cinebiografia esportiva de A24, “The Iron Claw”, foi lançado, rumores interessantes tomaram conta da crítica e dos especialistas. Dirigido por Sean Durkin e estrelado por Zac Efron, o filme esteve ausente dos festivais, que tiveram especialistas especulando que talvez não fosse tão bom. Mas, agora algumas pessoas assistiram aos primeiros cortes, e o drama é “comovente” e “de longe o melhor filme de Sean Durkin”. O que é muito interessante, visto que seu filme anterior é o ótimo “O Refúgio”, que fez bastante sucesso em premiações independentes. “A Cor Púrpura” da Warner Bros, desde quando anunciado já era comentado para premiações. Adaptado do romance de Alice Walker e do musical vencedor do Tony, a visão de Blitz Bazawule deve atrair os fãs da versão de Steven Spielberg de 1985, que recebeu 11 indicações ao Oscar, mas sem ter levado uma estatueta. Assim, sendo considerado um dos maiores perdedores da história do Oscar. Refazer clássicos é sempre perigoso. Temos alguns fracassos recentes como “Rebecca” e “A Grande llusão”. Por outro lado, alguns grandes acertos como “Bravura Indômita” dos irmãos Coen e a adaptação alemã do ano passado de “Nada de Novo no Front”. E não podemos esquecer da nova versão de “Amor, Sublime Amor", de Spielberg, que recebeu sete indicações e uma vitória para Ariana DeBose. Em qual desses grupos "A Cor Púrpura" vai estar? Lembrando que a falta de estatuetas da primeira versão é considerada muito injusta, o tempo só mostrou a decisão equivocada da Academia, e se o filme for bom pode ser o impulso que os votantes precisam para desfazer esta injustiça - temos um exemplo recente de Renée Zellweger que ganhou o Oscar de Melhor Atriz por "Judy", depois que a própria Judy Garland nunca venceu a premiação. E muitos viram além da boa atuação de Renée, um bom momento de desfazer injustiças. Será que alguns desses filmes vão derrubar os favoritos da temporada? Por enquanto, "Oppenheimer" e "Assassinos da Lua das Flores" parecem mais fortes do que nunca e apostas seguras para o Oscar 2024!
AUTOR DO POST
Danilo Teixeira
Editor do Termômetro Oscar | CETI
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