Começam as campanhas negativas contra Fernanda Torres para o Oscar 2025! Veja outros casos!27/1/2025 Ontem a noite a Deadline postou uma entrevista exclusiva onde Fernanda Torres pedia desculpas por uma esquete do Fantástico de 17 anos atrás, e a personagem havia sido montada com blackface. “Quase vinte anos atrás, eu apareci de blackface em uma esquete de comédia de um programa de TV brasileiro”, disse Torres em uma declaração. “Sinto muito por isso. Estou fazendo esta declaração porque é importante para mim abordar isso rapidamente para evitar mais dor e confusão". “Naquela época, apesar dos esforços dos movimentos e organizações negras, a conscientização sobre a história racista e o simbolismo do blackface ainda não havia entrado na consciência pública dominante no Brasil. Graças a uma melhor compreensão cultural e conquistas importantes, mas incompletas, neste século, está muito claro agora em nosso país e em todos os lugares que o blackface nunca é aceitável". “Esta é uma conversa importante que devemos continuar a ter uns com os outros para evitar a normalização de práticas racistas. Como artista e cidadã global, e de coração aberto, continuo atenta e comprometida com a busca por mudanças vitais necessárias para viver em um mundo livre de desigualdade e racismo”, disse ela. O Deadline divulgou por fim uma nota dizendo que "(o Deadline) sempre protege filmes e artistas em meio a disputas por prêmios quando coisas do passado vêm à tona, orgânica ou deliberadamente, porque acreditamos que os maiores prêmios de Hollywood devem ser concedidos ao trabalho indicado e nada mais. É por isso que achamos melhor permitir que Torres fale sua verdade e saia na frente disso. O clipe do Fantastico, produzido pela Globo, não tem nada a ver com a elogiada atuação de Torres em um filme lançado pela Sony Pictures Classics, que também foi indicado a Melhor Filme e Melhor Filme Internacional. Torres se tornou apenas a segunda atriz brasileira indicada ao Oscar, a primeira sendo sua mãe, Fernanda Montenegro, que foi indicada em 1988 por sua atuação em Central do Brasil". Não se sabe oficialmente se a esquete de quase 20 anos atrás foi divulgada de forma intencional para prejudicar a corrida de Fernanda Torres. Campanhas difamatórias (como na política) durante a temporada do Oscar são um fenômeno relativamente comum na indústria do entretenimento, muitas vezes referidas como "campanhas negativas". Essas práticas visam prejudicar a reputação de concorrentes, geralmente trazendo à tona escândalos do passado, controvérsias ou comportamentos problemáticos de artistas ou profissionais envolvidos nos filmes indicados. O objetivo é influenciar os eleitores da Academia a votar contra determinado filme ou indivíduo. Abaixo separamos algumas campanhas difamatórias de outros anos do Oscar que acabaram ficando muito comentadas: Mo’Nique (2010) – Preciosa Mo’Nique ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por Preciosa, mas antes da premiação foi alvo de críticas por não "participar adequadamente" da campanha promocional do filme. A mídia a pintou como "difícil" e "ingrata". A Hora Mais Escura (2013) A diretora Kathryn Bigelow enfrentou uma onda de críticas durante a temporada do Oscar, quando políticos e a mídia a acusaram de glorificar tortura no filme 'A Hora Mais Escura'. Green Book (2019) Durante a campanha de 'Green Book', o co-roteirista Nick Vallelonga foi acusado de islamofobia por tweets antigos, e a autenticidade do filme foi questionada por familiares do protagonista Don Shirley, que alegaram que o filme não representava a história real com precisão. Cate Blanchett (2014) – Blue Jasmine Na temporada do Oscar de 2014, quando Cate Blanchett era favorita por 'Blue Jasmine', Dylan Farrow, filha de Woody Allen, publicou uma carta detalhando alegações antigas de abuso contra o diretor. Embora Blanchett tenha vencido, o filme foi ofuscado pela polêmica. O Resgate do Soldado Ryan (1999) Harvey Weinstein, promovendo 'Shakespeare Apaixonado', fez uma campanha agressiva contra 'O Resgate do Soldado Ryan'. Natalie Portman (2011) - Cisne Negro Após Portman emergir como favorita para Melhor Atriz, surgiram questionamentos sobre quanto do balé em 'Cisne Negro' havia sido realmente executado por ela. Dublês de dança alegaram ter feito a maior parte do trabalho técnico, alimentando uma campanha para desmerecer sua performance. Ela acabou vencendo. Sally Kirkland (1988) - Anna Sally Kirkland foi acusada de autopromoção exagerada durante sua campanha para Melhor Atriz. Ela teria enviado cartas e participado de inúmeras entrevistas pedindo votos diretamente aos membros da Academia, algo que gerou críticas à sua ética. Ela não venceu. Brokeback Mountain (2006) Durante a temporada do Oscar, grupos conservadores e religiosos fizeram campanhas negativas contra o filme por sua temática LGBTQ+. Bette Davis (1963) – O Que Terá Acontecido a Baby Jane? Joan Crawford e Bette Davis, conhecidas por sua rivalidade, tiveram essa disputa explorada durante a temporada do Oscar. Enquanto Davis foi indicada por sua atuação, Crawford trabalhou nos bastidores para prejudicá-la com uma campanha difamadora, até mesmo oferecendo-se para aceitar o prêmio em nome de outras atrizes indicadas. Davis acabou perdendo o prêmio. Charlie Chaplin (1940) – O Grande Ditador Durante a campanha por 'O Grande Ditador', Chaplin foi alvo de uma campanha negativa que o acusava de usar o filme para promover propaganda política, com críticos insinuando que ele era comunista. A controvérsia afetou suas chances de ganhar o Oscar. Cidadão Kane (1942) O filme é amplamente considerado um dos maiores filmes de todos os tempos, mas enfrentou uma campanha negativa liderada por William Randolph Hearst. Hearst ficou furioso com a representação de sua vida no filme e usou sua rede de jornais para difamá-lo.
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