Bill Kramer, CEO da Academia, diz que "Ainda Estou Aqui" mudou o jogo no Oscar e aumentou o prestígio da premiação em nível global!

Bill Kramer, CEO da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, viajou ao Brasil pela primeira vez para palestrar no Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro ao lado de Meredith Shea, diretora de membros, impacto e indústria da Academia. O evento de masterclass marcou a primeira visita oficial do executivo ao Brasil, que consolida cada vez mais sua posição como uma grande potência global, um movimento coroado com seu primeiro Oscar de longa-metragem internacional por "Ainda Estou Aqui", de Walter Salles.

Bill enfatizou sua empolgação por estar no país alguns meses após o drama histórico de Salles sobre a ditadura militar no Brasil vencer o Oscar: "Ver a alegria, o amor e a empolgação no Brasil e no mundo inteiro torcendo por Fernanda e Walter só aumentou nosso prestígio", disse ele.

O executivo também destacou os esforços de internacionalização da Academia. Atualmente, 20% dos membros, que atualmente somam mais de 11 mil, são de fora dos EUA. Há 200 membros latino-americanos e 60 brasileiros. "Estamos cada vez mais globais. Este é um dos nossos principais objetivos e a razão pela qual estamos no Rio."

Em entrevista à Globo enquanto estava na cidade, Kramer classificou o furor brasileiro em torno de "Ainda Estou Aqui" como histórico. "Foi emocionante ver o crescimento das nossas redes sociais e o aumento da audiência na América Latina. Foi incrível assistir a vídeos de pessoas interrompendo as comemorações de Carnaval para assistir à premiação. Temos muitos novos seguidores do Brasil. Quando a Fernanda compareceu ao Governors Awards, postamos uma foto dela e a coisa explodiu. Foi tanto engajamento, tanto carinho, tanto apoio e tantos comentários em português. Ficamos extremamente felizes porque é isso que buscamos como organização".

Ainda na entrevista com a Globo, Bill disse que a vitória e as indicações de "Ainda Estou Aqui" significaram uma total mudança de jogo, provando que o Oscar está mais global do que jamais esteve.

O Brasil espera uma dupla participação no Oscar este ano, tendo recentemente escolhido "O Agente Secreto", de Kleber Mendonça Filho e protagonizado por Wagner Moura, vencedor de dois prêmios em Cannes, como seu representante.

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