Eddie Redmayne está concorrendo ao Oscar 2016 na categoria de Melhor Ator pelo seu papel como Lili Elbe, no filme “A Garota Dinamarquesa”. A cinebiografia levanta uma bandeira importante em nossa sociedade, a favor do transgênero, lembrando que mais importante do que as pessoas pensam de você, é a sua verdadeira identidade.

Lili Elbe nasceu com o nome de Einar Mogens Wegener, um famoso pintor dinamarquês que se depara com uma grande revelação. Einar descobre que não se identifica com o gênero que nasceu. Assim, ele passa a querer muito mais do que trajar roupas femininas da época. Ele torna-se a primeira pessoa a se submeter a uma cirurgia de mudança de gênero.

A nova indicação de Eddie por sua personagem entra para o hall do Oscar dos personagens transgêneros indicados pela Academia durante sua história. Mas, tão importante quanto, e que vale ter um destaque agora, são os dois únicos transgêneros que já foram nomeados pela Academia pelos seus trabalhos:

A falecida Angela Morley teve duas indicações em sua carreira, a primeira em 1975, por Melhor Trilha Sonora Adaptada com o filme “O Pequeno Príncipe” e a segunda em 1978, por também em Melhor Trilha Sonora Adaptada, com o filme “O Sapatinho e a Rosa: A História de Cinderela”.

Agora, quase 40 anos depois, no Oscar 2016, outro transgênero foi reconhecido pela Academia, dessa vez é Antony Hegarty, que concorre à Melhor Canção Original por “Racing Extinction”, com a música “Manta Ray”. Se Antony ganhar, talvez mais importante do que vencer um Oscar, vai ser a marca histórica de ser o primeira artista transgênero a receber um prêmio da Academia!

Conheça os personagens transgêneros nomeados na história do Oscar: 

Baseado em uma história real, o filme que carrega a atuação de peso de Al Pacino, que interpreta Sonny, personagem que idealiza e realiza um assalto num banco. Tudo parecia simples, mas acaba virando uma gigantesca confusão. Sonny toma esta atitude para conseguir dinheiro para pagar pela cirurgia de mudança de sexo de seu então namorado, Leon, personagem que rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante a Chris Sarandon.

O longa não se direciona apenas a um tema delicado, mas diversos deles, todos narrados pelo protagonista em tom de dramédia, uma vez que o próprio Garp é um filho bastardo, cuja mãe foi julgada e perseguida, Garp vê muito do sofrimento de sua mãe em sua amiga (que nasceu homem), Roberta, personagem de John Lithgow que foi indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante.

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O primeiro longa brasileiro-estadunidense da lista, dirigido pelo argentino naturalizado brasileiro Hector Babenco, conta a história de dois prisioneiros, Valentin Arregui e Luís Molina, o primeiro, prisioneiro político, o segundo, acusado por “corrupção de menor,” Molina, utiliza o cinema e suas histórias para distrair Arregui. Atualmente, o personagem de Molina é visto como transgênero, a interpretação de Willian Hurt o fez vencer o Oscar de Melhor Ator.

Traídos Pelo Desejo é um filme que lida com questões bastante sensíveis para a época em que foi lançado. Ele conta a história de um membro do IRA, Fergus, o qual é encarregado de cuidar de um soldado britânico sequestrado pelo grupo e inesperadamente começa uma amizade com o prisioneiro, que futuramente é morto por acidente. Depois disso, Fergus resolve mudar sua vida e vai morar em Londres, onde encontra a ex-namorada de seu prisioneiro e descobre um segredo sobre o relacionamento deles. Na década de 90, "Traídos Pelo Desejo" foi vendido ao público dos Estados Unidos como uma trama que escondia um grande “segredo”. SPOILER! O personagem era transgênero e por conta disso tornou-se sucesso de bilheterias, sendo, inclusive, indicado a 6 Oscars, onde uma dessas nomeações foi a de Melhor Ator Coadjuvante para Jaye Davidson por seu papel como Dill.

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O longa conta a verdadeira e chocante história de como Teena Brandon se tornou Brandon Teena e passou a reivindicar uma nova identidade, numa cidade rural em Nebraska. Hilary Swank levou o seu primeiro Oscar, ao encarnar os dilemas e humilhações enfrentados por Brandon. O longa aborda os eventos de como Brandon foi absurdamente estuprado e assassinado em um crime de ódio/preconceito. Brandon foi à prova viva de como o preconceito pela escolha de identidade pode criar verdadeiros monstros.

O longa conta a história de Bree, uma transexual bem resolvida, que prestes a fazer sua sonhada cirurgia de mudança de sexo descobre ter um filho adolescente, o qual precisa tirar da cadeia. Com medo de lhe contar a verdade, Bree se apresenta como outra pessoa, e passa uma longa viagem com o garoto contando mais e mais mentiras para encobrir sua verdadeira identidade. Transamérica rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz a Felicity Huffman.

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Albert Nobbs, um introspectivo e prestativo mordomo, que vive em silêncio em um hotel Irlandês do século XIX, esconde um segredo, ele na verdade nasceu mulher, o que seria um grande escândalo principalmente para a época, após um longo período de omissão, a realidade ameaça ser descoberta quando é obrigado a dividir o quarto com um homem. O papel de Albert rendeu uma indicação ao Oscar para Glenn Close. Assim como também rendeu para Janet McTeer como Melhor Atriz coadjuvante, que interpreta Hubert Page, alguém que tem mais em comum que Nobbs imagina.

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O roteiro é baseado em Ron Woodrof, um homem que descobre ter AIDS e a partir daí passa a lidar com o tráfico de remédios alternativos. Lá descobre novas formas de tratamento, tendo então a ideia de criar o Clube de Compras Dallas, onde associados têm acesso a toda medicação que quiserem, e também onde Ron, antes homofóbico, acaba desenvolvendo uma amizade com Rayon, transsexual que conhece em uma de suas internações.  A personagem, Rayon, rendeu a vitória do Oscar de Melhor Ator Coadjuvante a Jared Leto em 2014.

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ALINE ANZOLIN

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