Primeiramente, Depp afirma que é ótimo quando há um reconhecimento sobre as pessoas que trabalharam duro, ou quando o filme acaba recebendo mais atenção por isso.
Mas Johnny Depp, cujo papel como James 'Whitey' Bulger no filme "Aliança do Crime" está chamando altas possibilidades de Oscar, disse:
"Eu não quero nunca ganhar uma daquelas coisas", e completou, "Eles me deram uma daquelas coisas, como uma indicação, duas ou três vezes", diz Johnny. "A nomeação já é muito."
Johnny Depp teve três indicações ao Oscar até este ponto por seus papéis em "Em Busca da Terra do Nunca" (2004) , "Sweeney Todd" (2007) e "Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra" (2003) - todos como Melhor Ator.
O seu novo longa "Aliança do Crime" estreou no Festival de Veneza 2015, e arrancou elogios e muitas apostas de que Depp receberá a sua quarta nomeação ao Oscar. Muitos críticos disseram que esse era o grande retorno do ator.
Porém, Depp ri quando perguntado se ele acha que quando falam de "retorno", isso soa tão lisonjeiro ou insultuoso.
"O que eu voltei de onde? Dos mortos?" ele ri. "Eu não fiz nada de diferente nisso do que eu tenho feito em qualquer outro filme."
Antes de terminar ele ainda comenta mais uma vez sobre suas possibilidades de vencer.
"A ideia de ganhar significa que você está em concorrência com alguém e eu não estou em competição com ninguém", diz Johnny, que afirma ter cumprido o melhor que pode, e que faz o que quer "Às vezes as pessoas não gostam, mas que está tudo bem."
Já não é a primeira vez que atores da indústria se mostram contra ao processo do Oscar. No passado recente, Michael Fassbender também revelou a mesma opinião. Outros lendários astros como George C. Scott, Glenda Jackson e Marlon Brando também já renegaram, acharam injusto o termo "melhor" ou não quiseram as suas estatuetas.
Mesmo assim, falar que não gosta ou não querer o Oscar nunca se mostrou algo ruim, pois a Academia indica e dá a vitória da mesma forma.
“Aliança do Crime” estreia em 12 de novembro nos cinemas brasileiros.